Gestantes devem redobrar cuidados contra a dengue, alerta Sesapi
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) iniciou, nesta terça-feira (5), os trabalhos para produção de um diagnóstico situacional de Saúde Indígena no Piauí. Esse diagnóstico será utilizado para um mapeamento da saúde indígena no estado, que pode resultar na implantação de um Distrito Sanitário Indígena (DSEI) no Piauí.
A produção desse diagnóstico foi uma das demandas definidas pelo Seminário de Saúde Indígena do Piauí realizado em novembro de 2023, pela coordenação de Equidade em Saúde da Sesapi, da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc) e da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai).
A equipe composta por membros da Sesapi, acompanhada de técnicos da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do DSEI do Ceará, Sesai e da Sasc, percorrerá dez municípios, iniciando os trabalhos por Uruçuí, buscando analisar a qualidade dos atendimentos de saúde para as comunidades indígenas presentes nos municípios.
A princípio, a intenção é que seja verificada a possibilidade da implantação de um DSEI próprio do Piauí. Caso não seja viável, o serviço será ofertado para os indígenas do Piauí através do DSEI Ceará. O DSEI é um subsistema do Sistema Único de Saúde (SUS) que busca levar os serviços de saúde com atenção especializada e focada na saúde indígena de cada estado. Para isso, é montada uma equipe multidisciplinar, que irá trabalhar um atendimento descentralizado das demandas dessas comunidades. No Piauí, Sesai analisou, segundo dados do IBGE, a presença de mais de 7 mil indígenas.
“Quando analisarmos as informações coletadas, poderemos organizar a implantação do Distrito Sanitário Indígena, que levará mais qualidade aos serviços de saúde ofertados a essas comunidades. Ao mesmo tempo, respeita a cultura indígena e tenta se integrar aos conhecimentos de saúde que as comunidades têm”, fala o coordenador de equidade em saúde da Sesapi, Felipe Silva.
Ao final do roteiro de visita aos municípios, a equipe realizará a pesquisa também na cidade de Lagoa do São Francisco, na comunidade Nazaré, levando, além do levantamento, serviços como imunização, nutrição, testagem rápida, segurança alimentar para o local, uma vez que o município de Lagoa do São Francisco possui o maior contingente de indígenas do estado.