Sesapi reforça necessidade da vacinação contra o sarampo
Em 2024, o Piauí mantém o índice de 93% na cobertura da 1ª dose da vacina que protege contra o sarampo, a tríplice viral. O esquema vacinal desse imunizante corresponde a duas doses para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade, e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Em 2023, a cobertura chegou a 93,20% no estado.
O Piauí registrou casos de sarampo, pela última vez, no ano de 2019. Naquele ano, foram três confirmações da doença. De lá para cá, graças à vacinação, o estado segue livre da doença. Em 2024, por exemplo, nenhum caso suspeito foi registrado até o momento.
“Para termos o controle da doença no Piauí, além da vacina, estamos realizando capacitações envolvendo os núcleos de vigilância dos hospitais de Teresina, das regionais e dos núcleos do interior do estado com todos os profissionais de saúde”, afirma a coordenadora estadual de Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), Amélia Costa.
Além do sarampo, a tríplice viral protege contra a caxumba e a rubéola – doenças altamente infecciosas que podem causar sequelas graves e foram responsáveis por epidemias no passado.
O Brasil está mais próximo de recuperar sua certificação como ‘país livre de sarampo’, título conquistado em 2016 e temporariamente perdido em 2018 devido a fatores como o intenso fluxo migratório de países vizinhos e a queda nas taxas de vacinação em diversas regiões. Em 2022, o país reportou apenas 41 casos de sarampo, uma queda significativa em relação aos 20.901 registrados em 2019. O último caso confirmado foi registrado no Amapá, em 5 de junho de 2022.
No início de maio, o país recebeu a visita da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita na Região das Américas e do Secretariado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com o objetivo de dar continuidade ao processo de recertificação do Brasil como livre da circulação de sarampo e com sustentabilidade da eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC).
Ainda neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o aumento de casos da doença na Europa como “alarmante”. Foram mais de 58 mil infecções pelo vírus em 41 países ao longo de 2023, um aumento em relação aos últimos três anos.