Cinco primos se casam e param cidade do interior de SP com festa de arromba

O dia 20 de julho de 2024 ficou marcado na história da pacata Nuporanga, no interior de São Paulo. A pequena cidade de 7,3 mil habitantes foi palco de um evento inusitado e emocionante: um casamento quíntuplo. Cinco primos da família Bianchini, decidiram oficializar suas uniões na mesma cerimônia, em um ato de amor envolvendo cinco casais que movimentou a região.

A ideia ousada surgiu do desejo compartilhado pelos primos de receberem a bênção da igreja em seus relacionamentos. Católicos devotos, Laína, Sabrina, Mayara, Marcel e Gabriel sentiam falta da comunhão religiosa.

Embora estivessem juntos há muitos anos – quatro dos casais inclusive com filhos -, os primos sentiam que algo faltava em seus relacionamentos.

A decisão conjunta com os maridos e esposas, tomada em meio a conversas e risadas em um almoço familiar, exigiu planejamento, organização e, acima de tudo, muita união. Era preciso conciliar agendas, preferências e vontades individuais, mas o amor que os unia era mais forte do que qualquer obstáculo.

“A gente é uma família muito religiosa, muito próxima. Tentamos estar todo fim de semana juntos, isso vem de tradição. Família grande. Foi surgindo esse assunto, na igreja não podia comungar. Aí conversando em um almoço resolvemos marcar”, afirmou uma das primas, Laína, em entrevista ao G1.

Ela se casou com João. Já Sabrina Bianchini com Marlon, Mayara Bianchini com Johnny, Marcel Bianchini com Fernanda e Gabriel Bianchini com Ana Clara.

A festa coletiva reuniu uma multidão de cerca de mil pessoas, ansiosas por presenciar um momento histórico. A cerimônia, presidida pelo padre Fabiano Eduardo da Silva da Paróquia Divino Espírito Santo, foi permeada por momentos de profunda emoção.

“A preocupação era onde colocar esse povo todo”, disse o sacerdote também em entrevista. Segundo o padre, a Igreja Matriz pode acomodar 333 pessoas. Por causa da quantidade de convidados, o casamento precisou ser deslocado para outra Igreja.

Ainda que a festa fosse coletiva, cada casal manteve suas vontades respeitadas. Laína e Sabrina, que são irmãs, entraram juntas e de braços dados com o pai delas. “Foi bem tranquilo a gente entrar em consenso. Temos a cerimonialista da festa e da igreja. As duas estão sempre ajudando a gente na nossa dificuldade, sempre presentes em reuniões. Se tem discordância, a maioria prevalece. Fazemos uma votação”, finalizou Laína.

Os recém-casados fizeram um ensaio fotográfico para eternizar o momento.