Vizinha suspeita de envenenar irmãos com caju pode ser solta após morte de outras 4 pessoas
Lucélia Maria da Conceição, 52 anos, foi presa em agosto de 2024 após ser indiciada como autora do crime. Anteriormente, advogado da acusada já havia pedido prisão domiciliarLucélia Maria da Conceição, 52 anos, foi presa em agosto de 2024 após ser indiciada como autora do crime de homicídio qualificado por motivo fútil, e tentativa de homicídio, por entregar cajus envenenados para dois irmãos, vizinhos dela em Parnaíba, no Litoral do Piauí. As vítimas, identificadas como Ulisses Gabriel, 8 anos, e João Miguel, 7 anos, foram a óbito em agosto e novembro.
No entanto, o caso pode passar por uma reviravolta, e Lucélia ser solta, após a morte de mais 4 pessoas da mesma família.
Em entrevista ao Meio News, o advogado de Lucélia, Sammai Melo Cavalcante, afirmou que o motivo do pedido de soltura se deu a partir do dia 1º de janeiro, com todos os eventos trágicos que aconteceram, principalmente em relação às contradições no depoimento do novo acusado, Francisco de Assis Pereira da Costa, 53 anos.
“Posso garantir que já foi solicitado pelo Ministério Público a revogação da prisão preventiva. Estou uma petição de reforço a esse pedido. E muito provavelmente ela deve ser posta em liberdade nessas próximas horas, nesses próximos dias. Creio que até segunda-feira (13), isso será despachado já como alvará de soltura da ex-acusada no caso”, afirma.
4 MORTES
O novo caso de envenenamento na família aconteceu no dia 1º de janeiro, quando nove pessoas deram entram no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, com sintomas de intoxicação. Das 9 vítimas, 4 morreram, entre elas, Francisca Maria da Silva, 32 anos, seu irmão Manoel Leandro da Silva, 18 anos, Igno Davi Silva, 1 ano e 8 meses e Maria Lauane Fontenele, de 3 anos, filhos de Francisca. Outra filha, uma menina de 4 anos, continua internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e não tem previsão de alta.
O acusado do caso é o padrasto de Francisca e Manoel, Francisco de Assis Pereira da Costa, 53 anos, preso ontem (09) sob suspeita de ter envenenado a comida da família com chumbinho.
PERÍCIA
No que se trata da investigação do caso, o Perito Geral da Polícia Técnico-Científica do Piauí, o médico legista Antônio Nunes, afirmou em entrevista ao Meio News, que o laudo científico sairá na segunda-feira (13) com a resposta de todos os exames necessários.
“Com o negativo, isso demonstra que aqueles cajus, pelo menos os que estavam na doação, não tinham o pesticida. Outra forma, é se der positivo. Ainda dando positivo, você tem a análise do investigador e do Ministro Público. Qual a importância desse positivo? Foi positivado fora do ambiente da casa? Ou foi dentro da casa? Então assim, não é automático, depende do resultado, ainda pode ter alguma análise por parte de quem vai receber.”, diz. MEIONEWS