Ministério punirá comércios flagrados vendendo álcool para menores no Piauí
O consumo de álcool aumentou entre crianças e adolescentes e o uso é considerado devastador pelos especialistas. Para coibir a venda, o Ministério Público Estadual do Piauí lançou nesta segunda-feira (15) uma campanha para punir estabelecimentos comerciais que forem flagrados vendendo bebidas para menores.
Imagens gravadas no fim de semana mostram a movimentação nos bares durante a noite em Teresina. Vários menores são vistos consumindo bebidas alcoólicas e a cena tem se tornando comum até perto das escolas. “Nós percebemos que aqui na cidade isto vem aumentando. Qualquer local que você chegar, principalmente próximo as escolas. Acontece que na sexta-feira quando chega o final da aula os adolescentes estão nos bares bebendo. Alertamos novamente os donos dos estabelecimentos que isso é crime e passivo de punição”, relatou o conselheiro tutelar Itapuã Cavalcante.
Para o hebiatra Antônio Noronha Filho, o efeito da bebida é devastador. “Desde todas as drogas a que mais mata é o alcool, tanto para quem ingere quanto para os outros, já que ao dirigir ele coloca em risco a vida de mais pessoas”, destacou.
Dados revelam que oito em cada 10 jovens bebem regulamente e 80% deles experimentaram álcool antes dos 18 anos. A situação é tão alarmante que preocupa o Ministério Público. Na campanha ‘Adolescência sem álcool’, a intenção é unir os promotores de justiça do interior e a sociedade na fiscalização na venda de bebidas alcoólicas para menores.
“Não podemos fechar os olhos para isso. É uma realidade e nós temos que estar vigilantes porque este consumo é a porta de entrada para outros tipos de problemas como outras drogas e sexualidade precoce. Então gera todo o conflito familiar e devemos realmente coibir isso, unir nossos esforços e acionar a rede de proteção”, pontuou o promotor de Justiça Glécio Paulino Setúbal.
Os estabelecimentos comerciais que forem flagrados vendendo bebidas alcóolicas para adolescentes podem responder por crime de contravenção penal, pagar multa e ter o alvará de funcionamento cassado. As fiscalizações do Ministério Público começam ainda neste mês, pela cidade de Teresina. G1-PI