TCE ameaça ir à justiça para barrar indicações na Alepi
Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado decidiram após a reunião, que não irão declarar vacância do cargo antes que a aposentadoria de Anfrísio Lobão seja publicada. Caso os deputados passem por cima dessa determinação, e iniciem o processo de escolha para o novo conselheiro, o TCE irá levar o caso a justiça.
“A declaração de vacância de cargo de qualquer membro do TCE-PI,conforme a Lei, só ocorre após a publicação do correspondente ato de aposentação, antecedido da regular análise e processamento do pedido”. Foi o que deliberou e decidiu, por unanimidade, o Tribunal de
Contas do Estado do Piauí (TCE-PI).
A reunião entre os conselheiros, realizada nesta terça-feira (21) entre os membros da Corte da Contas e integrantes do Ministério Público de Contas, teve como objetivo analisar qual a oportunidade de declaração de vacância do cargo de conselheiro deste Tribunal, em razão do pedido de aposentadoria voluntária do conselheiro Anfrísio Neto Lobão Castelo Branco protocolado, no último dia 10.
O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) aprovou ainda, também por unanimidade, que uma impetração de medida judicial somente ocorrerá na hipótese da retirada de competência do TCE, pela Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, quanto a declaração de vacância de cargo de conselheiro.
A competência de declarar a vacância do cargo para a composição da Corte de Contas é exclusiva do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, cuja autonomia é estabelecida pela Constituição Federal.
Segundo a presidente do TCE-PI, conselheira Waltânia Alvarenga (foto), à exemplo do que acontece em todos os demais processos de aposentadoria, neste caso, serão seguidos todos os os trâmites previstos pela Lei Orgânica, Regimento Interno do TCE e Constituição Federal.
Só após o cumprimento dos ritos processuais exigidos pela Legislação vigente será publicado o ato de aposentadoria que gera, automaticamente, a vacância da vaga. “Tudo será feito de acordo com o devido processo legal, sem necessidade de açodamento”, explica a presidente. portalaz