Comissão do Congresso Nacional vai visitar famílias das vítimas de Castelo
Um grupo de parlamentares que integram a Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher do Congresso Nacional vai visitar as famílias das vítimas do estupro coletivo em Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina. Dois requerimentos apresentados à Comissão propondo a visita já foram aprovados e a equipe estuda a definição de uma data e a logística da ida à cidade.Os requerimentos aprovados são de autoria da senadora Regina Sousa (PT-PI) e da deputada federal Iracema Portella (PP-PI). As parlamentares piauienses fazem parte da Comissão. O requerimento da deputada Iracema foi aprovado no dia 30 de junho e propõe a visita à cidade, enquanto o da senadora Regina, aprovado no dia 1º deste mês, propõe ainda a realização de uma audiência pública sobre o caso na Assembleia Legislativa do Piauí.A intenção da Comissão é debater sobre as políticas públicas voltadas ao combate à violência contra a mulher e conhecer as ações desenvolvidas no estado e que têm essa finalidade.A sequência das atividades do grupo que virá ao Piauí ainda não foi definida.A chefia de gabinete da deputada Iracema Portella informou que a expectativa é que a visita dos membros da comissão à cidade de Castelo aconteça nas primeiras semanas de agosto. A Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher é presidida pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS) e tem como relatora a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).
No dia 27 de maio, quatro adolescentes foram brutalmente agredidas, estupradas e depois amarradas em Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina. Uma das jovens morreu após 10 dias internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). As outras três também ficaram hospitalizadas e já receberam alta.Quatro adolescentes suspeitos de participação no crime foram apreendidos horas após a barbárie. Um quinto suspeito, Adão José de Sousa, 40 anos, foi preso dois dias depois. Atualmente os quatro menores estão recolhidos no Centro de Internação Provisória de Teresina (CEIP). Eles responderão pelos atos infracionais equivalentes aos crimes de tentativa de feminicídio, associação criminosa e estupro.