Polícia desarticula quadrilha que agia dentro da SEFAZ cobrando propina de empresários

presoA Polícia Civil do Piauí deflagrou nas primeiras horas

desta segunda-feira (13) uma operação para desarticular

uma quadrilha que agia na Secretaria Estadual da Fazenda

(Sefaz). De acordo com o delegado geral Riedel Batista,

a quadrilha é formada por técnicos fazendários e

empresários suspeitos de compor um esquema de crimes

contra o Fisco Estadual.

Batizada de “Operação Propinagem”, ação policial é fruto

de seis meses de investigação e durante esse tempo foi

constatado que os técnicos da fazenda cobravam propina

de empresários para tributar parcialmente ou até mesmo

deixar de tributar mercadorias.

Ao todo são pelo menos 15 mandados de prisão e cinco de

busca e apreensão. Dez prisões já haviam sido efetuadas

até às 8h. O cumprimento dos mandados ocorre nas cidades

de Teresina, União, Pedro II, Piripiri, Altos e um no

estado do Ceará.

“É uma organização criminosa que vem dando prejuízos ao

estado com relação a cobrança de tributos. O mais

importante agora é desarticular esse grupo”, falou o

delegado.

O superintendente da Receita Estadual, Antonio Luis dos

Santos, informou que o órgão já desconfiava de problemas

na fiscalização de mercadorias e pediu ajuda da polícia,

que constatou a participação de nove técnicos e cinco

empresários no esquema.

“Esses técnicos liberavam mercadorias tanto nos postos

fiscais quanto nas blitzen. Parte dos impostos do estado

ia para as mãos dos fazendários. Não temos como precisar

o valor desviado, mas estamos fazendo levantamento das

empresas para saber o que foi sonegado”, falou.

De acordo com Carlos César, delegado do Greco, além dos

fazendários, empresários do setor de madeireira,

frigorífico e refrigerantes foram presos.

A polícia destacou ainda que a quadrilha é grande e age

em várias cidades do Piauí. Os presos estão sendo

levados para a sede do Grupo de Repressão ao Crime

Organizado (Greco). Eles devem responder pelos crimes de

organização criminosa e corrupção ativa e passiva na

área tributária. G1-PI

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