PM citado no crime de Castelo é afastado e se apresenta à Corregedoria em Teresina
O soldado que estaria envolvido no crime de Castelo do Piauí se apresentou hoje à Corregedoria da Polícia Militar do Piauí. O advogado Anderson Cleber Sousa entregou oficio por volta do meio-dia ao comandante de policiamento do interior, coronel Paulo de Tarso. À pedido do advogado, a reportagem não vai divulgar o nome do policial.
O advogado disse que o policial vai ficar em Teresina, já que há muitos boatos e por questão de segurança. “Ele está doente, vai ter acompanhamento psicológico e não sabemos o porquê da apresentação. Está muito ansioso. É um pai de família e estão tentando manchar sua imagem”, disse o advogado.
O policial está há mais de 20 anos na corporação e não há nada que o vincule ao fato, segundo sua defesa.
O comandante do Interior disse que ele vai ficar afastado das suas funções, temporariamente, enquanto aguarda a apuração dos fatos.
“Formalmente não existe nada oficial na Polícia Militar envolvendo o policial no crime de Castelo. Até agora o que temos é só boato. Mas, ele está sendo trazido para Teresina para ter uma maior transparência na apuração”, disse o coronel Paulo Tarso.
Remoção confirmada
Na manhã desta segunda(10), o comandante do 15º Batalhão de Polícia Militar de Campo Maior, coronel Ruy Nunes Cordeiro confirmou a remoção do mesmo policial militar para o Comando Geral.
Segundo o coronel, o soldado seria citado no processo e a Corregedoria da Polícia Militar estaria investigando o caso.”O soldado foi removido para Teresina. Pediram sua apresentação para ficar a disposição de lá até para sua preservação. A corregedoria também está investigando”, declarou o comandante.
Além de confirmar a citação, o coronel se diz surpreso, pois segundo ele, a imprensa já noticiou o nome do soldado como envolvido na investigação. “A gente já soube dessa questão pela imprensa e creio que ele não está sofrendo ameaça. Para preservar ele, o comandante pediu para transferi-lo para lá”, reforçou o coronel.
A tese de envolvimento de um policial militar no caso, surgiu após a Defensoria Pública confirmar um pedido de investigação do suposto recebimento de R$ 2 mil por Gleison Vieira da Silva para cometer crimes na região e incriminar os outros três menores no estupro em Castelo. A defensora Aline Patrício revelou em entrevista ao Jornal do Piauí a existência de áudios de um dos menores suspeitos de envolvimento no crime, que já havia declarado essa versão em depoimento antes da morte de Gleison.
O advogado nega a participação do policial militar e disse que ele está à disposição para esclarecimentos. cidadeverde