Coroinha grávida de padre inventou estupro quando mãe percebeu barriga

PADRE jocerlei_jose_tavares02Quando começaram a aparecer os primeiros sinais da gravidez, a coroinha de 16 anos, que se

envolveu com o padre Jocerlei José Tavares, 44 anos, escondeu da família o relacionamento

com o líder religioso e disse que tinha sido vítima de estupro. A informação foi repassada

ao G1 pela delegada Daniella Kades, que investiga o caso em Campo Grande.

Segundo a delegada, depois de ser questionada pela família, a garota acabou contando a

verdade.

“A mãe teria observado que a barriga da menina estava grande e os pés inchados. Ao ser

interpelada, a adolescente, num primeiro momento, mentiu para a família, afirmando que

teria sido vítima de estupro e quando acabou sendo pressionada veio a dizer que, de fato,

estaria grávida, mas não queria dizer de quem. Então, após muita pressão acabou revelando o

nome do pai da criança como sendo o padre”, informou Daniella Kades.

As investigações apontaram que o padre e a coroinha se encontravam desde o fim de novembro

em motéis de Campo Grande. O líder religioso foi afastado das funções pela Arquidiocese de

Campo Grande.

O caso foi denunciado à Polícia Civil como estupro pela família da garota no dia 25 de

setembro e o inquérito instaurado pela DEPCA cinco dias depois para apurar a denúncia. Até

o momento, foram ouvidos a coroinha, mãe e a irmã da adolescente e o padre e, por enquanto,

não foi constatado crime, segundo a polícia.

“Ela informou que os relacionamentos sexuais tiveram início depois dela completar 16 anos

de idade, caso em que não há nenhuma caracterização criminosa. Mesmo assim instauramos

inquérito nessa hipótese. E sendo verificado que, de fato, os relacionamentos tiveram

início apenas após essa idade, não haverá nenhuma configuração criminosa e o inquérito será

enviado ao Ministério Público solicitando arquivamento”, esclareceu a delegada.

A polícia vai ouvir ainda duas tias da garota, apontadas pela mãe como testemunhas de que o

padre poderia ter coagido a adolescente a manter relações sexuais com ele. A delegada diz

que também aguarda laudos do Instituto de Criminalística que vai apurar o conteúdo das

mensagens que o padre trocava com a menina.

“Caso isso se verifique, através dos depoimentos, das mensagens e de uma possível segunda

oitiva da vítima, aí sim poderá ser mudada a tipificação penal, caso reste configurado que

a vítima, de fato, foi coagida ao ato [sexo]”, ressaltou a delegada.

Afastamento
A Arquidiocese de Campo Grande anunciou, no dia 29 de setembro, o afastamento do padre, que

exercia funções na paróquia Santa Rita de Cássia, por suspeita de envolvimento amoroso com

adolescente, que está grávida. O comunicado de afastamento foi assinado pelo arcebispo de

Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa.

Segundo a publicação, o padre vai oferecer assistência à adolescente e ao bebê. Ainda

conforme o comunicado, ele era membro da Província Nossa Senhora Conquistadora dos Padres e

Irmãos Palotinos de Santa Maria (RS) e até então exercia funções de vigário paroquial da

Paróquia Santa Rica de Cássia, na capital de Mato Grosso do Sul, ecônomo da Arquidiocese e

secretário executivo do regional oeste 1 da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do

Brasil). G1

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