Motos foram o principal alvo de furto e roubo de veículos no ano de 2013

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O número de veículos roubados ou furtados vem crescendo no Piauí, e o alvo principal dos bandidos são as motocicletas. A polícia registra em média 100 casos por mês. O destino dos veículos são os mais variados, e dificilmente os proprietários conseguem recuperá-los.

Há 3 meses o padeiro Elias vive uma só expectativa: a recuperação da motocicleta que ele nem terminou de pagar e foi furtada no estacionamento da Câmara Municipal de Teresina. “Fui conversar com um vereador, e em questão de 30 minutos, no máximo, quando saí para o estacionamento a moto não estava mais no lugar. Em 20 minutos chegou a PM, mas fizeram só me pegar, deixar em casa e pronto. Mandaram eu aguardar que iriam retornar a ligação, mas até hoje não me ligaram”, conta Elias
Gomes.

A moto de Elias entrou para uma estatística alarmante. Segunda a Delegacia de Polícia Interestadual – Polinter, de janeiro a novembro deste ano, 600 veículos foram furtados ou roubados no Piauí. 80% deles eram motocicletas, são quase 3 casos por dia, e a ação das quadrilhas é intensificada no fim do ano. Só nos últimos 4 dias, 20 motos foram roubadas ou furtadas; apenas 6 foram recuperadas.

Segundo a Polícia Militar, a maior dificuldade para recuperar essas motos é porque quem furta ou rouba dificilmente está interessado em ficar com os veículos, mas quer utilizá-los para praticar outros crimes. As motos seriam usadas para a prática de assaltos, depois desmontadas para a venda de peças em sucatas. Teriam também um terceiro destino: a venda dos veículos do outro lado do Rio Parnaíba, no Maranhão.

O Major Neumarcos Basílio, comandante interino de policiamento da capital, defende um trabalho de inteligência para desarticular as quadrilhas. “Unir forças a nível das instituições de segurança, nos unindo e fazendo operações usando a inteligência e a investigação para que se chegue  onde estão esses receptadores, saber o que está acontecendo com essas motos, para ter uma ação mais direta e mais incisiva”, defende.  G1-PI

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