‘Nunca desconfiei’, diz mulher após ter namorado preso por pedofilia no PI

acusadopedoA mulher que viu o namorado aliciar sua filha de 13 anos diz nunca ter imaginado que passaria por tal situação. “Nunca desconfiei dele. Senti uma decepção muito grande. Eu gostava dele, mas ela é minha filha e tenho que protegê-la”, disse a mulher, sem querer ser identificada.

O homem foi preso nesta terça-feira (29) no Centro de Teresina quando comprava presentes para a adolescente. O flagrante foi montado pela polícia com a ajuda da mãe da jovem, que o denunciou após constatar que o namorado estava enviando mensagens eróticas e nudes para a sua filha.

A mulher prestou depoimento para a Polícia Civil nesta segunda, após a prisão do ex-namorado. Ela contou que pegou mensagens do suspeito para as filha e partir daí se passou pela adolescente para poder denunciá-lo para a polícia.

“Ele disse que minha filha poderia ter muito mais dinheiro se ela fizesse mais coisas. Ofereceu R$ 150, depois R$ 200, chegou a mostrar o extrato da conta no valor de R$ 8 mil, que aquilo poderia ser todinho dela aos poucos. Contou que já tinha ficado com outras meninas de 14 anos e que as adolescentes tinham se apaixonado por ele. Perguntei o que ele fez para elas se apaixonarem e ele disse umas coisas que não posso falar aqui”, contou.

A denunciante conta que enquanto estavam juntos, o namorado tinha predileção pela filha que foi aliciada, que dava presentes para ela em detrimento das outras duas filhas. “Tudo era para ela, são três irmãs e o normal era que dividisse igual, mas ele só dava as coisas para ela. Chamava ela de minha secretaria. Nunca desconfiei”, disse.

Após a descoberta, a mulher contou que a filha pediu que o namorado da mãe fosse denunciado e preso. “Minha filha mesmo disse que tínhamos que ir (denunciar) para que ele não fizesse isso com mais ninguém. Deveria denunciar porque tem muitos como esse por aí. Nunca pensei que aconteceria comigo e de repente estou aqui”, finalizou.

O flagrante e prisão foram feitos por policiais do 1º Batalhão da Polícia Militar e o caso encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA). Nenhum delegado foi  encontrado para comentar a investigação.    G1-PI

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *