Portaria determina investigação de PMs no interior do Piauí
O secretário estadual de segurança pública, Robert Rios Magalhães, baixou portaria determinando que policiais militares do interior do Piauí tenham sua conduta investigada. As denúncias a serem apuradas tratam desde ausência do PM na localidade a até cobrança de dinheiro para execução dos seus serviços.
A portaria data de 23 de janeiro e foi publicada na última segunda-feira (27) no Diário Oficial do Piauí. A determinação é para que o chefe da assessoria militar da Secretaria de Segurança “forme tantas equipes quanto forem necessárias” para visitar os Grupamentos de Polícia Militar (GPMs) e investigar se há insubordinação ou condutas incompatíveis com o exercício da função.
O texto da portaria alega a existência de denúncias feitas por prefeitos, promotores, juízes e populares, que cobram providências “acerca da má qualidade dos serviços prestados por policiais militares, no interior do Estado do Piauí”.
Diz ainda o documento que “relatos apresentados noticiam cobrança e o recebimento de valores financeiros por parte dos policiais militares para execução do seus serviços”. Além disso, PMs não teriam residência na cidade de trabalho e “faltam regularmente ao expediente e injustificadamente, abandonando a população à sua própria sorte”.
Os relatórios deverão abordar os PMs lotados em cada cidade desde julho de 2013.
Após o resultado da investigação, as providências deverão ser levadas ao governador do Estado. Não foi fixado praxo na portaria para o término dos trabalhos.
GPMs
Os Grupos de Policiamento Militar foram criados após decisões judiciais forçarem que a função de delegado só poderia ser exercida por profissional concursado e bacharel em Direito. Sem condições para nomear todos os aprovados em concurso, a Polícia Civil dividiu grupos de municípios para cada delegado. As cidades que ficaram sem delegado residente passaram a ter GPMs.
Policiais no alvo
As investigações mais recentes da Polícia Civil apontaram envolvimento de policiais militares em práticas criminosas. Entre os casos, estão a tentativa de fraude do concurso da PM e o desvio de produtos do almoxarifado do Tribunal de Justiça, que tinha um subtenente como chefe. cidadeverde