Beneficiários do bolsa família eram utilizados como ‘laranjas’ em fraude de licitações

whatsapp-image-2017-04-07-at-12.53.31As 16 empresas fantasmas investigadas por fraude em licitações de prefeituras utilizavam beneficários do Bolsa Família e lavradores como ‘laranjas’ no esquema. Segundo a promotora de Justiça Luana Azerêdo, os nomes dos envolvidos foram citados em contratos públicos, no entanto, eles não fazem parte da organização criminosa.

“Os empresários usavam os nomes dessas pessoas para ganhar licitações, mas elas não sabiam do esquema fraudulento. Das 45 conduções coercitivas, 22 foram cumpridas e muitas das pessoas utilizadas como laranjas foram surpreendidas com o mandado. Eles serão ouvidas no Ministério Público de Piripiri e liberados em seguida”, explicou a promotora.

Ao todo, 96 mandados judiciais foram cumpridos no Piauí e Ceará durante a Operação Escamoteamento, deflagrada nesta sexta-feira (7) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Policia Rodoviária Federal (PRF). Entre os presos estão sócios e operadores de valores das empresas, servidores da prefeitura e Câmara Municipal de Cocal.

ENTENDA O CASO:
Com base de apoio em Piripiri, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Policia Rodoviária Federal (PRF), deflagraram na manhã de sexta-feira (7) a Operação Escamoteamento contra empresas fantasmas suspeitas de fraudar licitações de prefeituras. Ao todo, 96 mandados judiciais são cumpridos no Piauí, Ceará e Maranhão.

A ação é resultado de um ano e quatro meses de investigação contra a organização criminosa, que fraudava licitações de obras públicas e prestações de serviços para prefeituras piauienses. De acordo com o coordenador do Gaeco, promotor Rômulo Cordão, servidores públicos e empresários estariam envolvidos no esquema, que desviou cerca de R$ 200 milhões dos cofres públicos.

Para a promotora, não tem como estimar quantas prefeituras eram alvos da organização criminosa. As investigações confirmam que as empresas fantasmas tinham sedes em Fortaleza, Tianguá e Ubajara, e atuavam com fraudes em cidades do Piauí e Maranhão.

Durante a operação, o Ministério Público fez o sequestro de cinco carros, de R$18.189.644,35 encontrados nas empresas e bloqueio de contas bancárias.

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