Autoescolas vão à justiça no PI contra exigência por simuladores de direção
O Sindicato das Autoescolas e Centro de Formação de Condutores do Estado do Piauí (Sindaepi) promete entrar na Justiça para anular a normativa do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A determinação do órgão é de que as escolas devem utilizar na formação de novos condutores os aparelhos simuladores de direção (que simulam a condução de um veículo). Para a presidente do sindicato, Vanessa Carvalho, o número de acidentes de trânsito pode diminuir apenas com uma maior fiscalização por parte dos órgãos competentes. Ela também revela que apenas três empresas no Brasil possuem o equipamento e não estão atendendo a demanda.
“Estamos unidos para acabar com esta norma. O Contran acredita que vai dar mais segurança, mas as aulas previstas pelo simulador de direção são desnecessárias, porque acontece antes do aluno ter contato com as aulas práticas. Sendo que o simulador, já oferece condições adversas para uma pessoa que teoricamente não sabe dirigir”, explica Vanessa Carvalho.
A presidente também confirma que o sindicato vai entrar na Justiça para pedir a anulação da norma do Contran. “Vamos a todas as instâncias se for preciso para anular esta decisão”, confirmou Vanessa.
Ainda segundo Vanessa, outro problema gerado pela aquisição do simulador de direção é o aumento do custo da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). “O custo deste aparelho será repassado aos consumidores. Os alunos é que terão que pagar mais caro para adquirir a CNH”, disse.
O Contran prorrogou o prazo para que os centros de formação de condutores comecem a utilizar o simulador de direção nas aulas para quem for tirar a carteira de motorista.
O prazo do Contran é até 30 de junho depois de avaliar o relatório das visitas técnicas realizadas nos estados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Durante as visitas em 12 estados brasileiros, o órgão constatou a dificuldades das autoescolas para receber o simulador. G1-PI