Preso por estupro em ônibus diz que abusos começaram após ficar em coma

O homem preso duas vezes nesta semana por ejacular e encostar o pênis em mulheres dentro de ônibus na região da Avenida Paulista disse em depoimento informal à polícia que os delitos começaram após ele sofrer um acidente em 2006. Segundo Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, o acidente que sofreu o deixou dois meses internado e duas semanas em coma.

Na manhã deste sábado (2), Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, foi preso (veja vídeo aqui) por suspeita de ato obsceno contra uma mulher dentro de um ônibus que passava pela Avenida Brigadeiro Luis Antônio. Na delegacia acabou indiciado por estupro porque foi acusado de esfregar o pênis no ombro da vítima e tentar impedi-la de fugir dele.

Em depoimento na manhã deste sábado ao delegado Rogério de Camargo Nader, do 78º Distrito Policial (DP), nos Jardins, Diego contou que sofreu um acidente de carro em 2006 e que, depois disso, se sentiu diferente. No fim da tarde, ele foi encaminhado para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal para, em seguida, ser levado para o 2º Distrito Policial. No domingo (3. um juiz deverá decidir se ele permanece preso.

Diego disse ao delegado que tem problema psicológico e que necessita de tratamento. “Ele alega que depois disso começou a ter problemas. Em 2007, tentou fazer um curso, pago pela mãe, mas não conseguiu. Por volta de 2010, começou a praticar esses delitos”, disse Nader. “Ele diz que é uma vontade diferente, compulsiva, que não consegue controlar. Acha que tem relação com o acidente”, continuou.

O homem mora com os pais e os irmãos em Interlagos, e nunca se casou, segundo a polícia. Nesta manhã, ele tomou um ônibus  para encontrar a mãe na Zona Sul de São Paulo.

O veículo não estava cheio, mas Diego se manteve de pé no ônibus, junto ao banco mais elevado, onde estavam sentadas a passageira, de cerca de 30 anos, e a testemunha. Em depoimento, ele disse que escolhe as vítimas aleatoriamente. “Aquela que estiver mais perto”, informou ao delegado.

A audiência de custódia que definirá se ele continuará preso ou será solto será realizada neste domingo (3), no fórum da Barra Funda, às 13 horas. Para o delegado, Diego representa risco para a sociedade. “Sem dúvida alguma. No meu entendimento”, disse. “Pedi a prisão preventiva por temer queno cidadão seja colocado em liberdade”, disse o delegado.

“Cada um tem sua opinião. O juiz manifestou a decisão dele e eu respeito isso. Mas pra mim, sem dúvida houve constrangimento”, completou o delegado.          G1

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