Prédio da UPA de Piripiri é alvo de arrombadores e Força Tática é acionada
Inaugurada em 2012, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Piripiri, não entrou em funcionamento até os dias de hoje, e praticamente abandonado, o prédio foi alvo de arrombadores na noite deste domingo (7). A polícia foi chamada mais nenhum suspeito de cometer o ato criminoso foi preso.
A Força Tática e funcionários da Secretaria Municipal de Saúde estiveram no local e constataram que nada foi levado do local.
A Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas de Piripiri foi inaugurada, no dia 27 de dezembro de 2012, sem condições de funcionamento.
Auditoria realizada em 2013 já pela nova gestão municipal constatou a incapacidade de funcionamento da UPA devido à falta de equipamentos e infraestrutura como água, esgoto e energia elétrica, além do desvio de mais de R$ 270 mil da obra. Na época, as informações levantadas na auditoria da prefeitura foram encaminhadas ao Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público do Piauí, Ministério Público Federal, Polícia Federal e Justiça Federal.
Ainda em 2013, o Ministério da Saúde também realizou auditoria na Unidade de Pronto Atendimento concluindo que apenas 10% dos equipamentos necessários para funcionamento da UPA foram adquiridos.
A auditoria contratada pelo prefeito de Piripiri na época, Odival Andrade, constatou que foi investido na obra da Unidade de Pronto Atendimento do município mais de R$ 270 mil reais a menos do que o que foi pago pela prefeitura na gestão anterior em 2012. Na época o ex-prefeito e o seu secretário de saúde negaram as acusações.
A UPA é de grande porte e precisaria de pelo menos 120 funcionários, além de equipamentos para começar os atendimentos.
Um concurso público foi realizado, mas os aprovados não foram chamados.
Ainda de acordo com a auditoria, dos 972 equipamentos previstos no projeto inicial da UPA de Piripiri, apenas 146 foram adquiridos. O relatório ainda aponta outros problemas, como irregularidades no processo licitatório e compra de equipamentos sem nota, entre outras coisas.
No resultado final, consta que dos R$ 2.170.761,25 pagos pela prefeitura à empresa construtora da UPA, Torres Ltda., somente foi encontrado investido na obra R$ 1.896.761,25, uma diferença de R$ 273.496,85.
Em setembro de 2014, o Tribunal de Contas da União emitiu um novo relatório sobre a situação da UPA apontando, dentre outras irregularidades, a não obediência às normas de vigilância sanitária e acessibilidade e inexistência de instalações adequadas de gases e hidráulico-sanitárias.
Atualmente, o próprio prédio da UPA já se encontra deteriorado, com vidros quebrados e serve apenas de depósito da Prefeitura Municipal.