Apoiador de Bolsonaro, cantor Gusttavo Lima é indiciado por crime ambiental pela polícia de GO
O cantor Gusttavo Lima foi indiciado nesta quarta-feira pela Polícia Civil de Goiás junto com outras três pessoas por crime ambiental. Segundo o delegado Luziano de Carvalho, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), o sertanejo ampliou uma represa de sua fazenda, localizada em Bela Vista de Goiás, na região metropolitana de Goiânia, sem licença.
Junto com o cantor foram indiciados Jorge Pedro Kunzler, apontado como administrador da fazenda, a arquiteta Alessandra Jardim Lobo, mulher de Kunzler, e o biólogo Luciano Lozi, que, segundo o delegado, tinha ficado responsável por fazer o pedido de licença à Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima). “O pedido chegou a ser feito, mas ainda não havia sido apreciado, portanto eles não tinham licença”, afirma Carvalho.
O delegado afirma que a represa tinha 3 hectares e que a meta da obra era chegar a 4,1 hectares. Em outubro e janeiro, o Batalhão Ambiental chegou a visitar o local e encontrou máquinas trabalhando na obra. Nas duas ocasiões, a equipe registrou a ocorrência e conversou com Alessandra, avisando que a obra não deveria estar acontecendo por falta de licença.
Lima e as outras três pessoas responderão pelo crime previsto no artigo 60 da lei 9.605, que versa sobre obras ou serviços “potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes”. A pena prevista para quem viola essa lei é de um a seis meses de detenção ou multa, ou as duas penalidades juntas.
Em nota, a assessoria de imprensa de Gusttavo Lima afirma que “não foi feita uma perícia técnica que pudesse comprovar as irregularidades” e que as obras feitas até o momento “foram feitas de acordo com a legalidade”. MSN