Governadores do NE finalizam propostas de combate a violência

Oito, dos nove governadores do Nordeste, se reuniram, nesta terça-feira (6), no Espaço Coco Bambu, em Teresina, com o objetivo de discutir a implementação de políticas públicas conjuntas voltadas à segurança na região, tendo em vista o aumento progressivo dos índices de violência. O encontro marcou também o lançamento do Acordo de Cooperação entre os estados, descrito em um documento direcionado ao Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e intitulado Carta de Teresina.

O acordo prevê a integração dos setores de inteligência, tecnologia, operações e investigações dos estados, com o objetivo de reduzir os indicadores criminais compartilhando esforços, recursos e efetivos. De acordo com informações aprovadas na reunião de secretários de Segurança e Justiça, realizada nessa segunda-feira (05), e aprovada no Fórum de governadores, cada estado destacaria cinco equipes da Polícia Militar e duas equipes da Polícia Civil em cinco e duas viaturas, respectivamente, para esta finalidade. Com a política, cada estado descartaria uma zona de intervenção policial prioritária para a atuação de uma espécie de Força Regional, reunindo equipes policiais dos nove estados. No caso do Piauí, as cidades a serem alvo das operações são Teresina e Parnaíba, perímetros com maior incidência de crimes violentos.

Na carta de Teresina, os chefes de Estado do Nordeste reconhecem a necessidade de construção de um plano de segurança nacional que possa fazer frente ao crime organizado, que cresce substancialmente, em especial pelo Nordeste.

A médio e longo prazo, o Nordeste propõem a criação do Sistema Único e Nacional de Segurança Pública; o monitoramento integrado de fronteiras do Brasil com uso de geotecnologias e recursos humanos especializados, com atuação direta e plena das forças armadas; criação do Sistema Nacional de Classificação, Gestão e Monitoramento de Risco em relação ao crime e o criminoso (alto, médio e baixo risco); inserção dos criminosos de baixo risco nas redes de educação especial, serviços de saúde, tratamento de transtorno mental e dependência química; criação de programas de ressocialização e oportunidades de trabalho e geração de renda para os egressos.

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