Justiça decreta prisão preventiva do médium João de Deus
A Justiça de Goiás determinou, nesta sexta-feira, 14, a prisão preventiva do médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus. Ele é investigado por uma força-tarefa que apura denúncias de abuso sexual feitas por mulheres atendidas em seu centro espiritual, a Casa Dom Inácio de Loyola, na cidade de Abadiânia (GO). Até o momento, mais de 300 acusações já foram feitas à Promotoria.
A decretação da prisão de João de Deus foi confirmada pela secretaria de Segurança Pública de Goiás. Evitando entrar em detalhes, a pasta antecipou apenas que a Polícia Civil está empenhada em cumprir a determinação judicial, prendendo o médium.
Os relatos de casos de abuso sexual vieram à tona na sexta-feira (7) em entrevistas de seis mulheres ao programa Conversa com Bial, da TV Globo. Além do MP goiano, promotores de São Paulo, Paraná e Minas Gerais abriram canais para receber denúncias contra João de Deus.
A prisão foi solicitada pelo MP-GO na última quarta-feira, alegando que, em liberdade, João de Deus poderia coagir as testemunhas e, caso mantivesse os atendimentos, fazer novas vítimas. O órgão, que criou um e-mail específico para receber denúncias, já recebeu relatos de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará e Santa Catarina.
Os relatos reunidos até o momento indicam que, depois das sessões, o médium supostamente oferecia para as vítimas atendimento particular, momento em que os abusos seriam cometidos. Para o Ministério Público, a semelhança nos depoimentos reforçam as suspeitas contra o médium. VejaOnLine