Programa Viva Piauí revela mistério da oitava cidade do Parque de Sete cidades
A reportagem de Indira Gomes, revelou no especial Viva Piauí deste sábado a oitava cidade do Parque Nacional de Sete Cidades. O local, recebe esse nome por conta dos agrupamentos de formações rochosas, apelidados pelos moradores da região como cidades. A oitava cidade tem visitação proibida desde a década de 80, por conta do seu grande potencial de pesquisa.
É no local, onde existem o maior número de projetos científicos em andamento e onde é possível encontrar nas rochas as mais variadas e incríveis inscrições rupestres. Na pedra do leque, que fica neste cenário escondido do parque, é possível citar um projeto de pesquisa sobre “entomofauna”, que reúne 17 doutores de todo o Brasil.
O local na verdade, era a sétima cidade quando o parque foi criado em 1961, mas com a proibição da visitação para não desfalcar o parque do nome, decidiram dividir uma das cidades em duas e deixar esta que se tornou a oitava cidade, isolada.
Toda a área do parque é protegida por lei federal para preservação dos ecossistemas e possui 6220 hectares entre as cidades de Brasileira e Piracuruca, a 180 km de Teresina.
O Curiólogo
Apelidado de Curiólogo pela sua curiosidade incansável, Oziel Monteiro é guia, segurança, conselheiro e filho do parque, já que nasceu e vive no local. O guia, acompanha a visita da equipe de reportagem e conta histórias da época em que famílias como a sua viveram no local. Oziel, leva a equipe até o cemitério, escondido na vegetação. No local estão enterradas pelo menos 40 pessoas que moravam na região. O guia fala com orgulho e defende a preservação do local. “Essas estradas e trilhas foram abertas com o suor do meu avô e do meu pai. O parque é minha casa e meu laboratório a céu aberto e eu não posso pecar com a minha casa”, afirmou o curiólogo. Este título já rendeu destaque internacional para o guia, que teve matérias sobre seu dia-a-dia e sua história publicada em vários jornais e revistas pelo mundo.
O Guia Poeta e o escultor
Seu Pontes, com 72 anos, impressiona pela rapidez e segurança com a qual sobe as pedras do parque, mas sua marca são os cordéis. O guia, hoje aposentado, escreveu poemas para cada formação homenageando e não deixando morrer as lendas e histórias locais como a dos três reis magos, representados nas rochas do parque. Mas não é só um poeta que guarda o parque, outro guia que acompanha a equipe nesta aventura apresenta suas esculturas feitas em pedra sabão, que impressionam pela delicadeza e precisão.
Mistérios e assombrações
Entre as surpresas que guardam o parque de Sete Cidades estão também as histórias de assombrações e tesouros contadas pelos guias do local. Segundo eles vários funcionários já deixaram o local por medo dos casos contados há anos. Um dos mais clássicos é o da “Guia Fantasma”, que trabalhou no parque e morreu em um acidente de moto em 2008, mas teria recebido um grupo de visitantes e levado até uma das cidades, quando pediu para atender o celular no mirante, único lugar onde funciona e sumiu.
Visitas
A visitação no parque funciona todos os dias e os roteiros com guia variam entre R$ 30 e R$ 50 e para excursão existe uma parceria em que a taxa vai de R$ 3,50 a R$ 7.
Fonte: cidadeverde.com