Shopping pede multa de R$ 1 mil para jovens que façam ‘rolezinho’ violento
O Teresina Shopping entrou na Justiça com um pedido de liminar para coibir a realização de ‘rolezinhos’ nas dependências do local. Segundo o juiz Sebastião Firmino Lima Filho, que vai decidir sobre o caso, a empresa pediu multa de R$ 1 mil para quem for identificado realizando aglomeração, algazarra ou praticando violência no centro de compras. Por meio de sua assessoria de imprensa, o shopping afirmou que não irá se pronunciar sobre o pedido.
“A questão não é a presença de jovens no local, mas sim quem estiver provocando algum tipo de algazarra ou violência, de forma a assustar as pessoas. O shopping pediu uma garantia a Justiça para precaver situações como a que ocorreu no sábado, quando um jovem foi baleado”, disse o juiz, que está respondendo pela 10ª Vara.
O pedido de liminar chegou nesta terça-feira (6) as mãos do magistrado, que deve decidir sobre a matéria nos próximos dias. Sebastião Firmino afirmou que a empresa alegou a solicitação como um pedido preventivo, já que está chegando o dia das mães, segundo melhor data comercial do ano, e ainda que notícias veiculadas na imprensa dão conta de que amigos do jovem preso estavam prometendo retaliação.
“O processo chegou hoje (5), mas a decisão não vai demorar para sair. Eles alegaram que está chegando o dia das mães e que corria o risco de ter uma invasão ao shopping, e que as pessoas ficam com medo. Eles estão se precavendo para possíveis situações. Segundo eles, a intenção é dar mais segurança aos clientes”, afirmou.
Entenda o caso
No sábado (3), após confusão um jovem foi baleado no abdômen. O suspeito apreendido na ação, admitiu que realizou o disparo por conta de um desentendimento entre ele e o rapaz que levou o tiro. A vítima, por sua vez, negou que tivesse qualquer tipo de rixa com seu agressor, e ainda que não combinou nenhum “rolezinho” ou possui perfil em rede social. “Fui vítima de uma bala perdida”, disse.
A delegada Betânia Lopes de Sousa, responsável pelo inquérito, disse que não irá se pronunciar porque segue a portaria assinada pelo delegado Geral, James Guerra, de que os delegados não podem dar entrevistas durante investigações.