Nuvem azul: 4 de Julho renasce das cinzas e chega à final como favorito

img_7227

O ano não começou bem para o 4 de Julho. Com problemas financeiros e outras dificuldades extra-campo, a tradicional equipe de Piripiri vivia uma das piores temporadas de sua história, o que culminou com a vice-lanterna ao fim do primeiro turno do Campeonato Piauiense. Parecia que só um milagre poderia salvar o ano; e ele aconteceu. Com a chegada de alguns reforços e do treinador Luís Miguel, o time se converteu de saco de pancada para líder do returno e agora está na briga pelo título estadual.

Quem viu o começo do ano para o time se surpreende com o cenário atual. A diretoria do 4 de Julho chegou a ameaçar não participar do Piauiense, porque não entrava em acordo com a prefeitura sobre o patrocínio. A equipe só foi montada uma semana antes do início da competição, com jogadores da casa, e os resultados não vieram. O time foi o penúltimo colocado do returno, e não havia muita esperança de melhoras.

Até acidentes automobilísticos estiveram no caminho do Colorado. Antes do início do Estadual, o atacante Pedra Preta foi cortado do time após se machucar em um acidente, onde também estavam presentes outros membros do clube. Depois, quando tentava contratar para o returno, Alex Paraíba seria um dos reforços, mas sofreu um acidente grave e também não veio, assim como outros atletas que desistiram. Até a contratação do técnico Fernando Tonet foi atravessada pelo Parnahyba. Mas, quando o time parecia estar no ápice da crise, as coisas começaram a mudar.

Treinador e reforços mudam a cara do time

Quando Tonet foi para o litoral, outra opção apareceu. Tratava-se de Luís Miguel, totalmente desconhecido no futebol piauiense, mas com bons resultados em outros estados. Junto com ele, chegaram mais cinco jogadores: o goleiro Alysson, os zagueiros Mazinho e Cloelson, os volantes Roni e Juninho Maranhense e o atacante Juninho Maranhão. Os novos membros da equipe Colorada ajudaram a trazer dias mais felizes para Piripiri.

O lateral direito Wilsinho, um dos principais jogadores do grupo e que já estava presente no primeiro turno, relata a mudança. Para ele, era necessário fazer alguma coisa para mudar a situação que atingia o 4 de Julho, e a chegada de um novo técnico e de mais jogadores foi um golpe certeiro para isso.

– A diretoria viu que o time que estava aqui não estava dando conta, se movimentou e trouxe os jogadores e principalmente o treinador. Ele soube posicionar o time, encaixar as peças que chegaram e também motivou o time, levantou o astral – conta o jogador.

O treinador compartilha os méritos com os jogadores. Segundo ele, o grupo se dedicou e ajudou a criar um ambiente favorável para que cada um pudesse dar o máximo de si e os resultados começassem a aparecer.

Um dos atletas que chegaram por último foi o zagueiro Mazinho, que também destaca a união do grupo como uma das grandes forças do 4 de Julho. Para ele, Luís Miguel ajudou a criar um ambiente amigável entre os atletas, o que acaba funcionando como motivação.

– Quando eu cheguei, mesmo o time não vindo de uma boa campanha, já deu para sentir que era um grupo alegre. E o professor é um cara amigo, tipo paizão, de grupo, que passa tranquilidade. Aqui todo mundo é amigo e se dedica ao máximo, e com trabalho se mudou a situação – conta o zagueiro.

– Aqui não tem nada militarizado. Se não houver amizade, o grupo não funciona – confirma o treinador.

Quem não podia deixar de comemorar toda a mudança é a diretoria do clube. Depois de ter um início de ano em que nada dava certo, ver agora a equipe na final do returno deixa um sentimento de satisfação.

– No primeiro turno nós fizemos praticamente uma pré-temporada, porque nem tivemos tempo de treinar ou de contratar antes, era um time caseiro. Vimos o que estava precisando e trouxemos os reforços, principalmente o professor. Achamos arriscado no início, porque não conhecíamos o trabalho dele, mas quisemos arriscar em algo diferente, e graças a Deus deu certo – afirma Ludjalma Sousa, diretor financeiro do clube.

4 de Julho e River-PI fazem a final do segundo turno do Campeonato Piauiense neste sábado (10), às 17 horas, na Arena Ytacoatiara, em Piripiri. Em caso de empate no tempo normal, a partida vai para a prorrogação e o time da casa tem a vantagem de ser campeão caso se mantenha a igualdade no placar. A partida será transmitida em tempo real pelo GloboEsporte.com.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *