Dor e revolta marcam o velório da escrivã morta a facada no Maranhão
Dor e revolta marcou o velório da escrivã Loane Maranhão Thé (Foto: Ellyo Texeira/G1)
A dor e a revolta marcaram o velório da escrivã Loane Thé, morta nesta quinta-feira (15) ao ser apunhalada no pescoço por um homem que prestava depoimento na Delegacia da Mulher da cidade de Caxias, no Maranhão.
Amigos, parentes e policiais foram ao velório de Loane Thé. O momento em que o caixão foi colocado no salão para visitação foi marcado por muita comoção. Alguns familiares chegaram a passar mal e precisaram ser socorridos.
Os policiais do Maranhão e parte dos amigos de Loane que estavam no local não quiseram falar com a imprensa, mas em poucas palavras um deles disse foi uma fatalidade. “Foi tudo uma fatalidade. A justiça de Deus é maior que tudo. Abalou todos que conheciam Loane”, disse, sem se identificar.
Para Flávio Veina Thé, pai da escrivã, a morte deixou todos abalados e chocados. “Esse assassino destruiu minha família. Minha filha amava muito o que fazia, ela viva do trabalho, uma pessoa clama, educada e amava estudar”, disse o pai bastante emocionado.
O velório acontece na funerária Pax União, na Avenida Miguel Rosa, Zona Sul de Teresina. A família ainda não decidiu o horário do sepultamento.
Crime
A escrivã Loane Maranhão Thé e a investigadora Marilene Moraes foram esfaqueadas no fim da manhã desta quinta-feira (15), na Delegacia da Mulher de Caxias.
Segundo informações da Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), Francisco Alves da Costa, de 47 anos, havia sido intimado a prestar depoimento por suspeita de estuprar as duas filhas adolescentes.
No momento em que o depoimento era coletado pela escrivã, ele sacou uma faca de cozinha e esfaqueou a vítima. Ao ouvir os gritos de Loane, a investigadora entrou na sala e também acabou esfaqueada pelo homem.
A escrivã não resistiu aos ferimentos e morreu. A investigadora passa bem.
O suspeito foi preso minutos depois, próximo ao Terminal Rodoviário da cidade. G1-PI