Decisão mantém Albertão fechado; Fundespi vai recorrer da liminar
Decisão mantém estádio fechado para realização de eventos (Foto: Josiel Martins )
De acordo com o juiz, o laudo apresentado pelo MPE-PI à respeito da vistoria realizada na quinta-feira (15) contém as mesmas irregularidades apresentadas quando o estádio foi interditado na primeira vez em abril do ano passado, logo após o jogo entre Flamengo-PI e Santos, pela Copa do Brasil. Rodrigo Alaggio Ribeiro afirma que as informações presentes no documento eram claras e a decisão não podia ser diferente.
– A minha decisão foi tomada de acordo com o próprio laudo. Não tive muito o que rever. A vistoria do ministério (MPE-PI) é oficial e se tratando da segurança de pessoas, seria irresponsável da nossa parte liberar o estádio com as atuais condições encontradas – disse o juiz.
Responsável pela administração do Albertão, a Fundespi irá protocolar, na tarde desta sexta-feira, um agravo no Tribunal de Justiça do Piauí pedindo a cassação da liminar expedida pelo juiz Rodrigo Alaggio Ribeiro. O pedido da Fundespi deve ser analisado até sábado, véspera da partida entre Piauí e River-PI pela final do Campeonato Piauiense.
– Estamos confiantes de que haja a liberação. Há tempo hábil sim e acreditamos que até amanhã (sábado) haja uma resposta positiva – afirma o advogado da Fundespi, Luciano Falcão.
Na última terça-feira, o Corpo de Bombeiros liberou o Estádio Albertão para realização de eventos. Na quinta-feria, a Federação de Futebol do Piauí (FFP) anunciou a venda de ingressos para a primeira partida das finais do estadual.
Comunicada sobre a permanência da liminar que interdita o Estádio Albertão, a promotora Maria das Graças, autora da ação, comentou que a decisão do Tribunal de Justiça foi pertinente e responsável.
– Nós sabíamos que o juiz seria muito lúcido na sua decisão. Contra os fatos não se pode argumentar. No laudo que apresentamos estavam muito claras todas as irregularidades já citadas em outras oportunidades. Do ano passado para cá não fizeram nada. Como se trata de vidas, não se pode ser negligente e permitir que milhares de pessoas corram riscos desnecessários – destacou a promotora.
Dentre os itens apontados como irregularidades no laudo técnico no Mistério Público Estadual do Piauí (MPE-PI), constavam: extintores de incêndios vencidos, ausência de sistema de hidrantes e mangueiras, falta de proteção contra descargas elétricas, casa de força parcialmente protegida contra incêndio, vias de circulação e a saídas estreitas (inadequadas) e falta de corrimão em algumas rampas e escadas. globoesporte.com