Tino Marcos encerra trajetória como repórter e deixa a Globo após 35 anos
O jornalista Tino Marcos, 58, está deixando a Globo após 35 anos na emissora. A saída do profissional foi confirmada nesta terça-feira (2) pela Globo, em comunicado à imprensa. Na emissora, ele foi apresentador e editor-chefe do Globo
Esporte e trabalhou no Esporte Espetacular por vários anos.
“Depois de 35 anos dedicados à cobertura esportiva na Globo, Tino Marcos decidiu que está na hora de deixar a reportagem. Foram seis Jogos Olímpicos, oito Copas do Mundo, 30 anos cobrindo a Seleção Brasileira, viagens pelo mundo todo e muitas histórias contadas com a competência e sob o olhar sensível de Tino”, diz Renato Ribeiro, diretor de esportes da Globo.
No comunicado, Ribeiro afirmou que o jornalista ficará na emissora até o final de fevereiro e diz que a carreira de Tino Marcos “se confunde com a própria história do esporte brasileiro”. “A sensação do dever cumprido e o desejo de se dedicar mais à família nortearam a decisão.”
Em julho de 2019, Tino Marcos pediu uma licença não remunerada de seis meses da Globo para “poder descansar”, segundo a emissora. Durante o período de ausência, o profissional ficou sem remuneração, retornando em janeiro de 2020.
Antes de retornar à Globo, no final de 2019, Marcos teve seu contrato modificado pela emissora se tornando freelancer com algumas regalias e não mais contratado no regime CLT. Na época, a informação foi dada pelo colunista Léo Dias, do
UOL.
O jornalista esportivo receberia por reportagens, não faria plantão nem será obrigado a frequentar a Redação da Globo. Ainda segundo o colunista, o salário do profissional estava em torno de R$ 130 mil a R$ 150 mil, mensais.
Apesar da mudança contratual, Marcos continuaria a receber alguns benefícios, como plano de saúde. Questionada, a Globo disse que não comenta sobre os contratos de seus colaboradores.
Tino participou da cobertura de oito Copas do Mundo e de seis Olimpíadas. Em entrevista ao GloboEsporte.com, ele explicou que a decisão já era cogitada e que a pandemia ajudou a acelerar a definição.
Com 30 anos de experiência cobrindo a Seleção Brasileira, o momento mais marcante, de acordo com o jornalista, foi a conquista do tetracampeonato mundial em 1994, quando foi auxiliar do repórter cinematográfico da final.