Justiça arquiva inquérito que investigava morte do ex-prefeito de Teresina, Firmino Filho
A Justiça determinou o arquivamento do inquérito policial que investigava a morte do ex-prefeito de Teresina, Firmino Filho, em abril deste ano. O juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos, decidiu arquivar o processo devido à ausência de tipicidade penal.
Conforme o documento, o laudo cadavérico concluiu que a morte do ex-gestor foi causada por politraumatismo.
Na decisão também há depoimentos das últimas pessoas que tiveram contato com Firmino Filho. A esposa do ex-gestor, a deputada estadual Lucy Soares (Progressistas), informou que tomou conhecimento da morte dele através de uma amiga.
“Perguntada se havia constatado algo de anormal com Firmino, a depoente afirmou que, desde fevereiro deste ano, notou que a vítima estava muito triste, muito calada, olhando perdido para o tempo. Quando perguntava para o ex-prefeito o que ele tinha, ele apenas dizia estar triste, momento em que a depoente tentava animá-lo. Acerca do motivo da tristeza, Firmino não dizia especificamente o motivo, mas a depoente acreditava ser a saída da prefeitura, após muito trabalho durante a pandemia, e a nova rotina de trabalho no TCU, bem como o agravamento da pandemia”, relatou o magistrado sobre o depoimento da companheira do ex-prefeito.
A chefe de Firmino Filho no Tribunal de Contas da União (TCU-PI) também foi ouvida pela polícia. Ela contou que o auditor chegou a dizê-la que iria solicitar uma licença médica. A conversa aconteceu três dias antes da morte do ex-gestor.
“Ele relatou a dificuldade de retorno ao trabalho e confessou que estaria em depressão, usando medicamentos que atrapalham sua memória, não conseguindo realizar as atividades de forma satisfatória. Em determinado momento da conversa, a vítima diz que retornou ao trabalho por indicação médica para ocupar a mente com outras atividades, mas que não estava conseguindo acompanhar e iria solicitar uma licença médica, pois estava muito mal e enfatizou outras vezes que “estava mal”.”, comunicou o juiz sobre as declarações dela.
No dia 6 de abril deste ano, o corpo de Firmino Filho foi encontrado na entrada do prédio do Tribunal de Contas da União (TCU), na Zona Leste da capital, onde o ex-prefeito era servidor de carreira. Segundo a assessoria do ex-prefeito, ele teria caído do 14º andar do edifício.