Filho de Renato Russo briga com integrantes da banda pelo nome da Legião Urbana
O nome da banda Legião Urbana está sendo disputado na Justiça pelos integrantes da banda e o filho de Renato Russo, Giuliano Manfredini. Tudo porque o nome da grupo de rock pertence à empresa do herdeiro de Russo.
Em entrevista ao “Fantástico”, Dado Villa-Lobos relembrou: “Em determinado momento, no começo dos anos 90, final dos anos 80, um sujeito registrou a marca da Legião. A gente conseguiu junto a um juiz o ganho da causa e essa marca teve que ir para uma empresa que foi assumida pela empresa do Renato”.
Giuliano acrescentou: “Ou seja, a Legião Urbana pertencia a ele [Renato Russo], junto o domínio da marca Legião Urbana. Dez anos se passaram e isso nunca foi contestado, com ele vivo”.
No entanto, algumas atitudes vêm incomodando os roqueiros da Legião.
Primeiro, Giuliano criou, na semana passada, um novo site da banda com fotos e histórias.
Por meio de uma rede social, Dado contestou o ato: “O herdeiro não representa a banda Legião Urbana. Eu não posso ver a minha vida, as nossas vidas, sendo manipuladas e geridas em um ambiente na internet e acreditar que aquela é realmente a história da banda”.
Já Giuliano, que cuida da herança do pai aos 24 anos, contou: “É um site que tem como objetivo juntar toda a informação que gira em torno da história da Legião Urbana e tornar isso acessível para o público”.
Mas a briga vai além disso. Em 2012, Dado e Marcelo Bonfá foram obrigados a cancelar a participação deles em um tributo à Legião que seria realizado em Curitiba.
Sobre isso, Dado destacou: “É impossível dissociar a marca do artista. E o artista somos nós”.
Questionado se Dado e Bonfá podem usar o nome Legião Urbana, Giuliano garantiu: “Podem! E acho que devem! Eu quero ver os caras trabalhando, eu quero ver os caras na rua circulando, eu quero ver os caras vencerem”.
No entanto, os ex-integrantes querem garantir esse direito por escrito e por isso estão processando a empresa de Giuliano.
As músicas da Legião não estão em disputa. Dado e Bonfá podem tocá-las, já que são coautores da maioria delas. Mas há um acervo inédito do grupo que não será lançado enquanto a questão da marca não for resolvida.
“A gente quer, por exemplo, lançar o DVD do Metropolitan. Eles estão dizendo não”, reclamou Giuliano.
“Se for ocorrer algum projeto de relançamento, sobras de estúdio, enquanto essa situação tiver nessa condição, não há menor possibilidade de isso acontecer”, concordou Dado.
Por conta da briga, uma audiência de conciliação foi agendada para esta quarta-feira (11). MSN