Pesquisadores da UNESP apresentam primeira cerveja saudável
[A nova cerveja, feita com puro malte, oferece uma série de inovações e benefícios que evitam desidratação e repõe nutrientes]
Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Araraquara, criou uma cerveja completamente diferente de todas as outras que você já viu em bares. Trata-se da primeira cerveja considerada saudável, que pode evitar desidratação e repor nutrientes importantes para o corpo durante atividades físicas. Segundo o estudo, a produção da bebida não demanda custos extras, além daqueles envolvidos no processo tradicional, já conhecido pela indústria cervejeira.
A diferença nessa nova cerveja, segundo os pesquisadores, está nas técnicas utilizadas e nos ingredientes diferenciados. A nova bebida tem um baixo teor alcoólico, porque houve a interrupção da fermentação durante o processo de fabricação. Ela também hidrata e repõe nutrientes, além de conter substâncias antioxidantes naturais, que podem retardar o envelhecimento das células. O processo foi criado no laboratório e a nova cerveja se manteve fiel ao sabor original.
Segundo pesquisadores envolvidos na criação da bebida, a nova cerveja é muito saudável, feita de puro malte, oferece uma série de inovações e benefícios que não são encontrados nas cervejas tradicionais já comercializadas. A maior de todas as vantagens, segundo os criadores, é o baixo custo de produção da bebida.
Pesquisa e avaliação de voluntários
A nova cerveja é fruto de um estudo do programa de doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFar). O grupo buscou produzir uma cerveja do tipo Pilsen que preservasse os ingredientes originais, como o malte, lúpulo, levedura e água. Foram quatro anos de estudos e avaliações, sob a responsabilidade da pesquisadora Deborah Oliveira De Fusco, foram produzidos mais de 120 litros da cerveja.
Deborah contou com a participação de 115 voluntários, desde consumidores até potenciais compradores da bebida. “O resultado da análise sensorial foi extremamente satisfatório, pois os consumidores não mostraram preferência por nenhuma das bebidas, indicando que nós atingimos um bom nível de aceitação de sabor “, afirmou o professor orientador do estudo, Gustavo Henrique de Almeida Teixeira.
A pesquisa está em busca de empresas parceiras para financiar a produção da cerveja, para que possa ser produzida em larga escala e assim chegar aos mercados para consumo do público.
Com informações de Notícias 360