4 de Julho de Piripiri põe quitação de dívida com ex-jogadores como prioridade antes de planejar 2023
O 4 de Julho discutiu internamente uma nova forma de quitar o débito de cerca de R$ 50 mil que possui com ex-atletas. A diretoria alegou que o Colorado não deve mais condicionar os pagamentos a um suposto valor que tem a receber da CBF. Com isso, uma solução interna não revelada pelos dirigentes deve honrar o que, para parte da cúpula colorada, é tratada com prioridade antes de discutir a participação no Piauiense 2023.
É frustrante pelo fato de termos trabalhado e sairmos sem nosso pagamento, e até hoje não ter uma previsão a respeito do pagamento. O clube se dizia ter recursos para manter as contas em dia durante toda temporada. A gente tem família, temos nossas contas e realmente não entendo o porquê de nós atletas sempre estarmos passando por isso. Fica o sentimento de falta de respeito.
— disse um dos ex-atletas do 4 de Julho ouvidos pelo ge.
Dois meses após a eliminação na fase de grupos da Série D, parte dos atletas que defenderam o 4 de Julho segue à espera de pagamentos de FGTS, salários e rescisões. De acordo com o clube, o valor gira em torno de R$ 50 mil referentes a maio e parte de julho.
A gente fez uma reunião entre diretoria para apresentar o que a gente tinha recebido do campeonato e parceiros, percentuais mensais, como Governo do Estado, que foi de R$ 150 mil, e outros colaboradores, para pagarmos rescisões de atletas e pensar em 2023. Teremos uma nova reunião na próxima semana para fazermos logo esses pagamentos que estão pagando e começar a proceder com o planejamento. Tudo isso em pauta. Nem sempre o que gasta mais é campeão. Precisamos ver isso.
— explicou José Amaro, vice-presidente do 4 de Julho.
Os ex-jogadores do Colorado reivindicaram os pagamentos em agosto, e a diretoria do clube não cumpriu a promessa de quitar o débito até o fim daquele mês.
A demora no pagamento dos atletas se deve, segundo José Amaro, à espera de um suposto repasse que a CBF deve fazer ao clube no valor de R$ 48 mil, frutos, ainda segundo o dirigente, de deduções feitas sobre as cotas de classificação na Copa do Brasil. Com uma folha salarial de R$ 140 mil, o Gavião acumulou quase R$ 3 milhões na competição nacional ano passado.
Eliminado nas semifinais do Piauiense deste ano pelo campeão Fluminense-PI, o 4 de Julho não garantiu vaga em competições nacionais, que dão cotas de participação aos clubes inscritos. Até o momento, o Colorado terá apenas o Campeonato Piauiense no calendário de 2023. GE