Caminhoneiro é autuado por porte de drogas para consumo e crime ambiental em Piripiri

Na tarde de sábado (15), na BR-343, no município de Piripiri, policiais rodoviários federais abordaram um caminhão que apresentava apenas caixas vazias. Após uma busca interna no veículo, foram encontradas duas cartelas de rebites, droga utilizada por motoristas que transportam cargas como inibidor do sono, a fim de prolongar o tempo acordado e poder dirigir por longas distâncias. Foram encontrados, no total, 28 comprimidos da substância. Ao ser indagado, o condutor afirmou que os comprimidos eram seus.

Dando continuidade à inspeção do veículo abordado, iniciou-se a análise do sistema de pós-tratamento de gases do veículo, já que o caminhão foi fabricado em 2013 e, para se adequar aos limites de emissões de gases do Proconve, era necessário o devido uso do ARLA 32, uma solução de água desmineralizada que promove a limpeza de gases poluentes para controle de emissões de NOx e emissões de enxofre provenientes do uso do diesel em certos veículos.

A equipe da PRF verificou FALHA no sistema de pós-tratamento de gases poluentes, indicando as IRREGULARIDADES abaixo:

A LIM (luz indicadora de mau funcionamento) do sistema SCR estava acionada no painel;

O líquido que estava no tanque do ARLA 32 do veículo estava contaminado com presença de minerais, apresentando uma coloração turva quando retirado do reservatório, e, após teste com negro de eriocromo T, resultando na cor violeta. Foi realizado um teste à frente do condutor com água desmineralizada, com a mesma substância, resultando na cor azul (sem presença de minerais);

O sistema de escapamento foi observado e notou-se que o escape estava adulterado. Foi realizada uma alteração no cano do escapamento, fazendo com que os gases provenientes da combustão do motor não passem em sua totalidade pelo catalisador do veículo, elevando a emissão de NOx para o meio ambiente. É válido destacar que as adulterações verificadas tornam todo o sistema ineficiente.

Diante dos dados mencionados, o condutor foi autuado por porte de drogas para consumo e atividade degradante do meio ambiente, assim como o proprietário do caminhão, que também responderá pelo crime ambiental, diante da negligência em permitir que o veículo circule com tantas falhas no sistema de emissão de gases poluentes.

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