Adidas suspende vendas de blusas do Brasil com conotação sexual

camiseta1Camiseta Adidas Copa (Foto: Reprodução)

A fabricante de material esportivo Adidas informou nesta terça-feira (25) que suspendeu as vendas de modelos de camisetas feitas para a Copa, e que continham conotação sexual.

As peças, à venda no site da empresa nos Estados Unidos, irritaram o governo brasileiro. A coleção pegou tão mal que motivou a presidente da República, Dilma Rousseff, a escrever no Twitter que o país não aceita e está pronto para combater o turismo sexual.

“A Adidas sempre acompanha de perto a opinião dos consumidores e parceiros, e em resposta aos seus comentários anuncia que os produtos em questão não mais serão comercializados pela marca. É importante frisar que trata-se de uma edição limitada que estaria disponível apenas para os Estados Unidos”, afirmou a empresa, em nota enviada ao G1.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) afirmou ter procurado a Adidas para pedir a retirada das peças do mercado.

“Essa campanha vai no sentido contrário ao que o Brasil defende. Nosso esforço é voltado para a promoção do Brasil pelos atributos naturais e culturais”, disse o presidente da Embratur, Flávio Dino.

Em uma das camisetas há o desenho de um coração e um triângulo no meio, dando a impressão de que são nádegas com um biquíni fio dental, e a frase: “I love Brazil” (Eu amo o Brasil). Na outra, há o desenho de uma garota, também de biquíni, com a frase “Lookin’ to score”, que pode ser traduzida como “Atrás de pegar garotas”. Ambas estavam sendo vendidas na faixa de US$ 25 (perto de R$ 60).

A polêmica linha de camisetas fez a presidente Dilma se posicionar em sua conta no Twitter. Ela não cita diretamente os produtos ou a Adidas, mas, em quatro mensagens, fala sobre a política contra exploração sexual que trava o país. Na primeira delas, declarou que “O Brasil está feliz em receber turistas q chegarão p/ Copa, mas também está pronto p/ combater o turismo sexual”.

Em nota, o presidente da Embratur também reforçou a repressão ao “turismo sexual”. “A exploração sexual é um crime inaceitável e não pode ser confundida de forma alguma com uma modalidade de turismo”, afirma Dino. “Queremos deixar claro aos nossos principais parceiros comerciais na área do turismo que o Brasil não tolera esse tipo de crime em seu território.”   G1

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