Cegueira na oposição de Piripiri!
O ditado popular “PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER”, se aplica muito bem ao momento atual que vive a cidade de Piripiri. Existem pessoas que preferem não perceber crises, dificuldades, injustiças, para que não sejam obrigadas a assumir responsabilidades na busca de solução para tais problemas. Se recusam a ver a verdade. Se omitem. Se alienam. Só enxergam o que querem e o que lhes interessa. É, no mínimo, uma atitude de comodismo e de indiferença. “O pior cego é aquele que não quer ver”, porque dessa forma ele se torna conivente com os males que afligem a sociedade e protege os que oprimem, humilham, escravizam e desrespeitam seus semelhantes.
Nessa linha de raciocínio foi que surgiu esse provérbio, “PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER”. Nasceu de uma história ocorrida no século XVII na França. Um aldeão de nome Argel foi a primeira pessoa a receber um transplante de córnea, num extraordinário sucesso da medicina da época. Ao enxergar, ele foi tomado de um estado de horror com o mundo que passou a conhecer, e ver, bem diferente do que imaginava quando vivia na escuridão da cegueira.
E sabe o que fez esse aldeão? Solicitou então ao cirurgião que o operou a extrair-lhe os olhos, preferia voltar a ser cego. Com a recusa do médico apelou para os tribunais de Paris e do Vaticano e teve ganho de causa. Passou então a ser conhecido como “o cego que não quis ver”.
A narrativa, ou parábola, dá força ao sentido filosófico deste provérbio, e demonstra que em muitos momentos agimos como Argel, preferimos ficar cegos para não ver como as coisas mudaram.