Comissão da Câmara volta a rejeitar o voto impresso e aprova arquivamento da PEC
A comissão especial do voto impresso na Câmara dos Deputados confirmou o resultado de quinta-feira (05) e voltou a rejeitar a adoção desse sistema no país . Na sexta-feira (06) , os parlamentares aprovaram o chamado voto do vencedor, pelo arquivamento dessa emenda constitucional por 22 a 11 . Na quinta, essa mesma maioria derrotou o parecer do deputado Filipe Barros (PSL-PR), por 23 a 11.
O deputado Raul Henry (MDB-PE) foi o relator e afirmou que essa emenda constitucional é “obtusa, extemporânea e anacrônica”. Durante a votação, induzido pelo presidente da comissão, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), ele chegou a alterar seu voto, durante a sessão, de “arquivamento” para a “rejeição”.
O presidente da comissão afirmou que foi comunicado pela Mesa da Câmara que, como o texto será levado ao plenário , não poderia ser arquivado ali. Alertado pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), de que o regimento não permite alteração de voto com sessão em andamento, Henry afirmou ter sido “induzido” por Martins. E voltou a incluir no relatório o arquivamento.
Após promulgar o resultado, Martins afirmou que “está aprovado o parecer (de Henry) e matéria irá ao plenário”. Nos discursos, deputados da oposição criticaram a decisão de Arthur Lira (PP-AL) em levar a votação ao plenário.
“O presidente Arthur Lira, com essa decisão, deu sobrevida aos delírios bolsonaristas. Em vez de ir para cima e se contrapor a essa intenção golpista do presidente, Arthur Lira apequenou a Câmara dos Deputados”, disse Fernanda Melchionna (PSOL-RS).