CREA-PI faz inspeção e descarta risco de colapso na Ponte Metálica de Teresina
Foi feita, na tarde desta quinta-feira (02), uma inspeção na Ponte Metálica, que liga Teresina, capital do Piauí a cidade maranhense, Timon. A ação foi realizada pela comissão de Inspeção de Pontes e Grandes Estruturas do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PI).
Em entrevista ao MeioNews, presidente da comissão, Pedro Marques, explicou que o trabalho dos especialistas irão além de realizar visitas técnicas a grandes estruturas, ocorrendo treinamentos e discussões. Ao final de todo o processo será formulado um relatório sobre cada local.
“A nossa comissão é composta tanto por profissionais específicos da área, calculistas, professores, como outros engenheiros civis que possam contribuir em outros campos do conhecimento. Então a gente visa, ao final, gerar um relatório com esse relatório, informar as instituições que são responsáveis pelos equipamentos comunitários, para essas infraestruturas públicas, sobre as condições ou as medidas necessárias que possam ser realizadas durante a utilização do equipamento”, explicou o presidente.
A PONTE VAI ENTRAR EM COLAPSO?
A resposta é não. Após recentemente viralizar nas redes sociais imagens que mostram a situação da estrutura da ponte metálica, a população ficou preocupada sobre as chances de desabamentos. No entanto, o presidente da comissão explicou que a primeira análise mostra que não há riscos.
“A estrutura não se encontra em situação de colapso. Essa aí é a primeira análise. Agora, para maiores informações, é necessário que a gente aguarde o relatório, porque ainda vai ter as discussões. A gente ainda vai fazer outras análises também técnicas”, afirmou Pedro Marques.
NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO
A informação foi reforçada pelo presidente do CREA-PI, o engenheiro Hércules Medeiros. Apesar disso, ele destacou a importância de realizar reparos e manutenção como uma forma de prevenção. “A gente vai provocar através do Ministério Público Estadual através do Ministério Público Federal, que essa manutenção seja realmente realizada principalmente porque nós temos algumas partes dessas fundações, já estão expostas e podem correr um risco de corrosão”, disse.
O engenheiro ainda citou alguns exemplos do que pode trazer riscos a estrutura. “Nesse momento é tranquilizar a população que essa estrutura ainda suporta, ainda pode ser utilizado, mas o que é importante são os sinais de patologia que são apresentados, como por exemplo, a gente tem descamamento dessas fundações, está expondo lá a questão do trilho que fica lá nessas estacas que já está aparentes isso aí pode vir realmente, mas no momento ainda não tem esse risco de colapso.”, frisou.
PREVISÃO DO PRIMEIRO RELATÓRIO
Segundo o presidente da comisssão, há um cronograma de 30 a 40 dias para o primeiro relatório. “À medida que a gente vai avançando os trabalhos, nós vamos gerando todo o material e esse material vai ser de caráter público, de acesso à sociedade”, explicou.
Pedro Marques esclareceu que a ideia é trabalhar grandes elementos de infraestrutura, como pontes, barragens e viadutos, mas que o foco atual está nas pontes.
“O objetivo principal da comissão é trabalhar em prol da sociedade. Nós estamos aqui pelo anseio da sociedade. […] Nosso segundo momento é um trabalho mais técnico, é um trabalho mais bem elaborado, que é ir junto aos responsáveis pela manutenção, pelos reparos, pela conservação das estruturas para que a gente possa trabalhar em conjunto justamente para manter a integridade e a adorabilidade das pontes”, disse o presidente.