Desabastecimento de gás de cozinha no Piauí preocupa distribuidoras do produto no estado
O risco de desabastecimento de gás de cozinha no Piauí preocupa os revendedores do produto no estado. Em entrevista à TV Cidade Verde, nesta segunda-feira (12), o empresário Tiago Pinheiro, vice-presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado (Sindirgás-PI), afirmou que as distribuidoras enfrentam o aumento de preços e a falta do produto. “Já é uma realidade”, disse.
“Estamos tendo tanto aumentos consecutivos do gás de cozinha como também a escassez do produto aqui no nosso estado e na região Norte e Nordeste. A Petrobras mudou, em novembro do ano passado, a política de preços dos produtos que ela vende, entre eles o gás GLP. Com essa mudança, mês a mês, estão sendo repassados pela Petrobras, para as distribuidoras de gás do país, aumentos sucessivos”, complementou.
Outro fator para a escassez do gás de cozinha no estado seria a redução do abastecimento do produto por navio, feito pela Petrobras, para estados da região Norte e Nordeste, mesmo o Piauí sendo abastecido por outros polos de distribuição terrestre.
“O Piauí é abastecido por três principais polos: São Luís, no Maranhão; Fortaleza, no Ceará; e Juazeiro, na Bahia. O gás que chega ao Piauí vem todo por transporte rodoviário. Só que, há dois meses, a Petrobras retirou um navio que fazia o abastecimento do Nordeste e do Norte do país, permanecendo apenas um. Com isso, está sendo causado o desabastecimento progressivo de toda essa região, que inclui o Piauí”, completou.
Sem previsão para a normalização do abastecimento de gás de cozinha no estado, o Sindirgás-PI pontuou que segue em diálogo com a Petrobras para obter mais informações sobre as mudanças na política de abastecimento na região. Por outro lado, a entidade orienta que a população mantenha o produto em estoque para se proteger dos constantes aumentos e de uma eventual falta.
“De maneira geral, estamos recebendo gás um dia sim e outro não, em vez de todos os dias, como ocorria antes. Não é necessário alarmar a população a ponto de substituir botijões parcialmente cheios, mas quem tiver um segundo botijão vazio em casa, a gente recomenda que o abasteça, para não ficar completamente desabastecido”, concluiu o empresário. CidadeVerde