Detran do Piauí questiona prazo do Contran para uso de simuladores
Proprietários de autoescolas se concentraram em frente à Alepi (Foto: Reprodução/TV Clube)
Proprietários dos centros de formações de condutores em Teresina realizaram nesta quinta-feira (16) um protesto contra a nova determinação do Conselho Nacional de Trânsito, que estabeleceu desde o dia 1º janeiro, o uso do simulador de carros durante a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Eles se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Piauí e de lá seguiram em carreata até o Palácio de Karnak, no Centro da capital.
O simulador é uma espécie de videogame que simula situações que ajudam no aprendizado do motorista antes que ele esteja habilitado. Porém, os donos das autoescolas estão contestando o uso do recurso virtual e afirmaram que fecharão os estabelecimentos, caso a norma não seja suspensa. O presidente do Sindicato das autosescolas no estado (SINDAEPI), Igor Camarço, comentou sobre os motivos da manifestação.
“Já fomos recebidos pelo presidente da Alepi, Themístocles Filho. Ele se responsabilizou de conversar com a bancada federal em Brasília. Os deputados estaduais e federais vão buscar um entendimento a nível nacional. Agora queremos falar com o governador Wilson Martins para que ele se mobilize junto com os governadores de outros estados visando a suspensão do uso do simulador”, contou.
Igor Camarço também ressaltou que a medida não foi cumprida no Piauí e nem em outros estados do Brasil, tendo em vista o valor do aparelho, que custa em média R$ 40 mil. De acordo com o sindicato, somente em Teresina existem 64 centro de formação de condutores, um total de 130 no estado. Outras manifestação também aconteceram nas cidades de Parnaíba, Floriano e Picos.
“O custo para manter este serviço é muito alto. Além de adquirir o simulador, o empresário precisa pagar pelo aluguel de um software que possibilita a utilização da máquina, além é claro, da estrutura para guardar o equipamento, já que ele deve ficar em uma sala climatizada e com câmeras de segurança”, revelou Camarço.
Para o sindicato, a medida tornaria inviável a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no estado, pois a inserção da máquina nas aulas, acrescentaria um custo de R$ 400 reais no processo que já chega a R$ 1.300.
“Não estamos preocupados somente com a questão empresarial, estamos pensando também na dificuldade que o aluno terá para obter sua CNH. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) sempre reclamou da quantidade de pessoas que circulam pelas ruas sem habitação, se esta norma não for suspensa o custo do documento vai ficar ainda mais alto”, ressaltou o presidente. G1-PI