Entenda denúncias de exploração infantil na Ilha de Marajó que repercutem na web após alerta de cantora em reality musical

Acusações de exploração sexual infantil na Ilha de Marajó, localizada no Pará, voltaram a repercutir na web após a cantora paraense Aymeê denunciar a situação, novamente, em um reality show gospel chamado Dom Reality.

A apresentação da jovem foi na última sexta-feira (16 de fevereiro) e emocionou jurados. A letra da música interpretada pela paraense diz:

“Enquanto isso no Marajó, o João desapareceu esperando os ceifeiros da grande seara”.

Ao final da apresentação, Aymeê explica a denúncia cantada por ela na melodia:

Veja apresentação da jovem:

Aymeê não é a primeira pessoa a falar publicarmente da situação na Ilha de Marajó, região com 12 municípios e cerca de 500 mil habitantes. Em 2006, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados abriu uma investigação para apurar o assunto.

Segundo o Jornal Extra, na época, documentos revelaram o envolvimento de políticos locais nos casos, com aliciadores levando crianças para se prostituirem em Belém e na Guiana Francesa. Muitos municípios da região convivem com a pobreza e a miséria, um deles, inclusive, tem o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil.

A fala da ministra, na época, gerou polêmicas. Autoridades do Pará, incluindo o Ministério Público, pediram que Damares fornecesse provas do que estava falando, mas estas nunca foram enviadas. A ex-ministra chegou a dizer que tinha ouvido denúncias “nas ruas”. Após isso, 19 procuradores da República solicitaram uma ação civil pública contra ela.

Damares e a União chegaram a ser solicitadas para indenizarem a população do Arquipelágo de Marajó (PA) em R$ 5 milhões por ter disseminado informações falsas.

Veja:

A Ilha atualmente tem o Programa Cidadania Marajó, implementado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania do governo federal. Este programa tem o objetivo de combater a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes na região.

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