Ex-funcionário acusa Grupo Mateus de trabalho escravo e é processado no Piauí
A rede de supermercados Mateus ingressou com queixa-crime contra o ex funcionário M. C. R. por difamação, após publicação nas redes sociais em que ele associou o regime de trabalho no Grupo Mateus à escravidão.
A ação foi ajuizada no dia 29 de maio, ocasião em que foi juntada a fotografia da entrada da unidade situada em Floriano, com a seguinte legenda escrita pelo ex funcionário: “Falta só o chicote, porque a escravidão já está rolando aqui”.
Conforme fundamentado pela empresa, a postagem, veiculada em 20 de novembro de 2024, foi amplamente compartilhada entre colaboradores, clientes e terceiros, o que gerou repercussão negativa interna e externa à loja. Dessa forma, alega-se que a imagem afetou “diretamente a reputação institucional” do estabelecimento diante dos funcionários, parceiros e do público em geral.
Diante da repercussão do registro, foi registrado um boletim de ocorrência junto a Polícia Civil do Piauí em 29 de novembro de 2024. Nesse caso, a defesa do Grupo Mateus alega que a insinuação de que o supermercado promove práticas laborais análogas à escravidão, mesmo que de forma figurada, pode caracterizar o crime de difamação, pois ofendeu a reputação social da empresa.
“A postagem do querelado, ao insinuar práticas de ‘escravidão’, imputa conduta moralmente reprovável à empresa, ferindo seu conceito público e expondo sua imagem ao descrédito”, diz trecho do processo.
Desta forma, é requerida o recebimento da queixa-crime e intimação do Ministério Público, assim como a condenação do ex-funcionário pela prática de difamação. GP1