Grupo invade cemitério, abre e queima sepultura de detento em Teresina
Policiais voltaram ao local para realizar perícia e acompanhar transferência (Foto: Juliana Barros/G1)
A sepultura onde estava enterrado o corpo do detento identificado pela polícia como Jailson Feitosa dos Santos, 25 anos, foi aberta e queimada por um grupo de aproximadamente 20 homens no início da madrugada desta segunda-feira (1º) no Cemitério Santa Cruz, Zona Sul de Teresina. Segundo policiais da Companhia Idependente de Policiamento do Promorar, vigias do cemitério acionaram a polícia assim que perceberam a movimentação no local. Um vídeo feito pelos policiais mostra a sepultura em chamas.
Os funcionários relataram para a polícia que o grupo abriu a sepultura, jogou pedaços de madeira e em seguida ateou fogo. Por volta das 8h policiais e familiares da vítima acompanharam o trabalho da perícia e transferência do corpo.
“O fogo atingiu a tampa do caixão. Vamos providenciar a transferência do corpo para uma outra
sepultura”, informou Socorro Ribeiro, administradora do cemitério.
João Vítor, tio da vítima, disse ao G1 que não conseguia acreditar no que aconteceu. “É triste,
ninguém imagina que isso possa acontecer. A gente já sabia que ele tinha envolvimento com crimes, mas isso não justifica o que fizeram. Não precisava fazer isso com ele já morto”, desabafou.
Jailson Feitosa dos Santos estava preso na Casa de Custódia e foi assassinado por companheiros
de cela na tarde do sábado (30). A polícia teve que acompanhar o velório e sepultamento do rapaz porque havia ameaça de invasão por parte de rivais da vítima. A suspeita é que o crime tenha sido praticado por vingança.
“Eles agiram assim que a polícia deixou o local porque tivemos que acompanhar o enterro já que havia ameaça de invasão ao cemitério. Vamos deixar uma viatura no local até que a transferência seja feita”, disse o policial.
Segundo o diretor da Casa de Custódia onde a vítima estava presa, um dos suspeitos do assassinato era irmão do homem que teria sido morto por Jailson na frente de uma danceteria na semana passada. Para o diretor, a morte de Jailson Feitosa foi uma forma de vingar o homicídio que ele teria cometido. G1-PI