Homem armado com duas facas faz mulher refém em Brasília
Refém é ameaçada com faca no pescoço por sequestrador (Foto: Vianey Bentes/TV Globo)
O homem armado com faca que fez uma mulher refém no início da tarde desta terça-feira (4) tem passagens pela polícia por homicídio, tentativa de homicídio, roubo, porte de arma e uso e porte de entorpecentes e estava em prisão domiciliar, informou o delegado da Divisão de Comunicação da Polícia Civil, Paulo Henrique de Almeida. O sequestrador foi identificado como Robson Martins da Silva. Ele foi autuado por sequestro qualificado, cuja pena vai de dois a oito anos de prisão.
O suspeito trabalhou por cinco anos como contínuo no Supremo Tribunal Federal (STF), beneficiado por um programa de ressocialização da Vara de Execuções Penais do DF. Ele esteve na Casa entre 2008 e 2013 e deixou o posto porque conseguiu um emprego como motorista em uma loja de materiais de construção.
De acordo com o delegado, Silva disse que fez a mulher refém por determinação de Deus. “[Ele disse] Que Deus conversou com ele e falou para ele invadir o Palácio do Buriti”, afirmou Almeida. “Não podemos afirmar se na ação de hoje se ele fez uso de qualquer entorpecente. Ele disse informalmente que ele tinha tomado um remédio, um tranquilizante”, declarou o delegado.
Silva prestou depoimento na delegacia e foi levado ao Hospital de Base para fazer exames – o sequestrador chegou a desferir alguns golpes de faca contra ele mesmo. Depois, ele seria enviado para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. Após o exame, ele seria levado para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE).
Policiais militares conseguiram render o homem depois de atingi-lo com balas de borracha e tiros de pistola elétrica. Os negociadores da polícia disseram que ele estava “com as ideias atrapalhadas” e que não ficou claro qual era o objetivo do sequestrador.
Pouco antes de fazer a mulher refém, o homem tentou invadir o Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, com um carro. Ele desceu do veículo armado com duas facas e tentou quebrar uma janela de vidro do edifício.
De bermuda e camiseta, o homem dizia coisas sem sentido o tempo todo. “Mataram a minha família todinha. Gente inocente. Vocês mataram minha família. Não fui eu que fiz”, ele dizia.
Quando a polícia fez um cordão de isolamento, ele passou a falar com os jornalistas que acompanhavam o caso. “Eles estão tirando vocês de perto de mim para fazer covardia comigo”, disse. “Vou contar até dez para a Dilma chegar aqui. Quero a Dilma”, afirmou.
O tenente-coronel Souza Oliveira, responsável pela segurança do Palácio do Buriti, disse que o homem “não falava coisa com coisa”. “Ele tentou entrar no palácio, chegou em um carro em alta velocidade, tentou quebrar o vidro para entrar. Quando chegou no limite de risco de vida para a vítima, aí houve a operação [da polícia], com todo sucesso, sem dano”, afirmou.
O sequestrador foi levado para a 5ª Delegacia de Polícia, a 800 metros de onde manteve a mulher refém. Ao chegar à delegacia, a porta traseira do carro de polícia não abriu. Os policiais tiveram de chamar o Corpo de Bombeiros para abrir o compartimento em que presos são transportados.
O sequestrador foi preso depois de ser atingido por um disparo de taser e por uma bala de borracha quando um negociador da PM tentava fazer com que ele se rendesse.
Pouco antes de fazer a mulher refém, o homem tentou invadir o Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, com um carro. Ele desceu do veículo armado com duas facas e tentou quebrar uma janela de vidro do edifício.
O tenente-coronel Souza Oliveira, responsável pela segurança do Palácio do Buriti, disse que o homem “não falava coisa com coisa”. “Ele tentou entrar no palácio, chegou em um carro em alta velocidade, tentou quebrar o vidro para entrar. Quando chegou no limite de risco de vida para a vítima, aí houve a operação [da polícia], com todo sucesso, sem dano”, afirmou.
O comandante do Bope, tentente Elzivan Moreno, disse que a corporação decidiu usar a força ao perceber que o suspeito não agiria de forma previsível. Segundo ele, foram empregados 30 policiais na ação. “Como ele estava sob o efeito de droga, muita droga, ele estava muito alterado e não estava nem sabendo o que estava fazendo direito”, disse.
“O negociador estava ali tentando demovê-lo da ideia, mas observamos que ele estava muito alterado, qualquer demora poderia causar um dano maior. Ele poderia investir contra a refém e causar um dano maior. Dessa forma, chegamos à conclusão de que, usando meios e alternativas não letais, poderíamos detê-lo”, disse.
“Foi tudo de acordo com o previsto. A operação foi um sucesso porque tivemos a refém sem nenhuma lesão, o perpetrador tambem sem nenhuma lesão. A refém está salva, não houve risco a ninguém, ao patrimônio”, disse. De acordo com Moreno, a família informou à polícia que o homem havia começado a usar crack recentemente. G1