Irmão e primo de crianças mortas por cajus envenenados morrem com sintomas de intoxicação
Um jovem e uma criança que não teve a idade revelada morreram nesta quarta-feira (1º), no conjunto habitacional Dom Rufino II, em Parnaíba, litoral do Piauí, após apresentarem sintomas de intoxicação. As vítimas eram irmão e primo de dois meninos, de 7 e 8 anos, que morreram em agosto de 2024 ao ingerirem cajus envenenados.
Outras sete pessoas da mesma família também passaram mal e foram internadas no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA).
De acordo com a Polícia Militar, a família recebeu peixes do tipo manjuba na noite de terça-feira (31) e, na tarde desta quarta-feira, após consumirem o alimento, começaram a apresentar sintomas graves de intoxicação. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para o atendimento, mas o irmão e o primo das crianças morreram antes de chegar ao hospital.
Relembre o caso das crianças
Os meninos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7, morreram em agosto e novembro de 2024, respectivamente, após comerem cajus envenenados. O caso gerou grande comoção e resultou na prisão de Lucélia Maria da Conceição Silva, vizinha das crianças, acusada de homicídio qualificado.
Segundo a investigação, Lucélia teria entregue às crianças um saco de cajus envenenados com terbufós, um inseticida altamente tóxico. Ela foi indiciada por dois homicídios consumados e homicídio tentado contra outras pessoas da família.
Lucélia permanece presa na Penitenciária Mista de Parnaíba e responde pelas qualificadoras de motivo fútil, uso de veneno, recurso que dificultou a defesa das vítimas e crime contra menores de 14 anos.
Investigação em andamento
Agora, a Polícia Civil do Piauí analisa se o novo episódio está relacionado ao caso anterior ou se trata-se de um incidente isolado. MEIONEWS