Médicos paralisam atendimentos a 14 planos de saúde por 15 dias no Piauí
O Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) suspendeu na segunda-feira (13) o
atendimento eletivo a 14 planos de saúde que fazem parte do Grupo Unidas. A
paralização foi aprovada por unanimidade em assembleia geral realizada no fim do
mês passado e deve seguir até o dia 27 deste mês.
Com a paralisação dos atendimentos, ficam suspensas as realizações de consultas,
exames e cirurgias previamente agendadas. A categoria dos médicos reivindica a
adequação à Lei da Contratualização, que inclui os reajustes de acordo com a tabela
de Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).
Segundo Samuel Rêgo, vice-presidente do Sindicato dos Médicos, a lei regulamenta
a prestação de serviços médicos às operadoras de planos de saúde, mas o Grupo
Unidas não tem entrado em acordo com a categoria sobre a nova legislação.
“Desde agosto do ano passado o sindicato vem se reunindo com vários planos para
fazer essa negociação e o Grupo Unidas foi exatamente um dos únicos que não
conseguiu sentar com a gente para negociar”, falou. Em fevereiro, os profissionais já
haviam feito uma paralização de advertência de três dias.
“O que nós reivindicamos é que sejam feitos os contratos baseados nessa Lei de
Contratualização e que sejam respeitados os parâmetros da tabela da CBHPM, pois
ela não vem sendo respeitada”, disse Samuel Rêgo. Ele destaca que apenas os
serviços de urgência e emergência não serão paralisados.
Os planos do Grupo Unida afetados com a paralisação de 15 dias são: Assefaz,
Camed, Cape Saúde, Cassi, Casembrapa, Correios Saúde, Conab, Embratel, Fachesf,
Fundabem, Fassincra, Geap, Plan Assiste, Unafisco. A produção do telejornal Bom
Dia Piauí tentou contato com o Grupo, mas não obteve retorno.