No Piauí, 220 mil jovens entre 15 e 29 anos não estudam nem trabalham, diz IBGE

Cerca de 220 mil jovens entre 15 e 29 anos, do Piauí, não trabalham e nem estudam. Segundo a Síntese dos Indicadores Sociais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número equivale a 27,4% do público da faixa etária no estado. O dado foi divulgado na última quinta-feira (8).

O levantamento detalha que 38,2% dos jovens de 25 a 29 anos estavam sem estudar e sem uma ocupação no mercado de trabalho em 2021; seguidos por 31,6% dos jovens de 18 a 24 anos; e 7,6% de 15 a 17 anos.

“Os principais motivos alegados pelos jovens para não terem tomado uma providência para conseguir trabalho, foram o de não haver trabalho na localidade em que moravam e o de ter que cuidar dos afazeres domésticos, dos filhos ou de outros parentes”, explicou o documento.

Número de pessoas em situação de pobreza chegou a 1,4 milhão

O levantamento mostrou também que o número de pessoas em condição de pobreza no Piauí saltou de 1,2 milhão em 2020 para 1,4 milhão em 2021 – ou seja, 44,7% da população piauiense, contra 38,4% no ano anterior.

Conforme o Banco Mundial, o levantamento considerou as pessoas que viviam com um rendimento domiciliar per capita de menos de R$ 486 por mês. O valor está relacionado à Paridade do Poder de Compra (PPC).

“A redução dos valores e abrangência, bem como o aumento dos critérios para concessão do Auxílio Emergencial em 2021, provavelmente tiveram impactos sobre o aumento da extrema pobreza e da pobreza”, diz trecho da pesquisa.

“Adiciona-se a esta dinâmica a ausência de uma recuperação efetiva do mercado de trabalho, que teve efeitos significativos sobre o rendimento dos domicílios, em especial dos mais pobres”, concluiu.

Metade da população preta e parda do Piauí vivia em situação de pobreza em 2021

Apesar do aumento significativo, o Piauí caiu da 10ª para a 13ª posição no ranking que elenca os estados do Brasil com maiores indicadores de pobreza. O líder é o Maranhão, com 57,5% da população.

O estudo apontou ainda que, em 2021, o Piauí apresentou o menor rendimento médio do trabalho no país, de cerca de R$ 1.409. Valor inferior ao de 2020, de R$ 1.417, e 41% abaixo da média nacional, de R$ 2.406.

Na capital Teresina, o rendimento registrado foi de R$ 1.854, isto é, 32% superior à média do estado. Mesmo assim, é o menor rendimento médio real do trabalho dentre todas as capitais brasileiras.  G1-PI

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