PF mapeia áreas “críticas” e monta bases móveis para coibir e reprimir crimes eleitorais no Piauí
A Polícia Federal (PF) mapeou os locais mais “críticos” no Piauí e espalhou bases móveis que atuarão na prevenção e enfrentamentos a crimes eleitorais em todo o estado no dia da eleição, que acontece neste domingo (6).
Conforme a delegada Melissa Pastor, superintendente regional do órgão, todas as equipes já estão em deslocamento com diligências em andamento. “Foi feito um trabalho de inteligência, onde se estudou o histórico de locais mais críticos e de acirramento político. Providenciamos 20 equipes móveis que estarão atuando em todo o estado do Piauí, do extremo Norte ao extremo Sul. Não divulgaremos onde estão essas bases, por questão de diligências em andamento, a fim de que a PF consiga cobrir toda extensão do Piauí”, disse.
Para dar conta dos 224 municípios piauienses, a delegada explica que a Polícia Civil do Piauí (PC-PI) reforçará as ações nos locais onde não houver a presença das bases móveis da PF. “Especificamente em casos de flagrante. Após o flagrante, essas investigações posteriormente serão enviadas para a Polícia Federal, para a continuidade das investigações”, explicou.
Canal de denúncias
Segundo a superintendente, a maioria das investigações em curso foram iniciadas após notificações de populares através do canal de ouvidoria Denúncia PF. “A maior parte das nossas investigações neste mês e de repressão a crimes eleitorais ocorreram em razão de
denúncias realizadas por cidadãos conscientes, que verificaram a ocorrência de crimes e que nos avisaram tempestivamente”, disse.
Apesar de não ter um número preciso de denúncias recebidas durante o período eleitoral, a PF explica que todas elas passam por um processo de averiguação para constatar se as informações acerca de eventuais crimes eleitorais procedem. Até o momento, pelo menos cinco inquéritos policiais já foram abertos para investigar condutas de candidatos e eleitores.
Casos recentes
Na noite desta quinta-feira (03), quatro pessoas foram presas durante um evento do candidato a vereador Érico da Luta (Avante) , que ainda não se manifestou sobre o assunto. No local, foram apreendidos cerca de R$ 150 mil que estariam sendo distribuídos.
O levantamento preliminar da PF aponta que cada pessoa recebia de R$ 100 a R$ 200, e que mais de 300 pessoas aguardavam para receber algum valor. Os eleitores seriam motoristas de aplicativo, e esse pagamento seria referente a um “adesivaço” realizado anteriormente.
Em outra ação, os policiais da PF flagraram a distribuição de brindes durante uma reunião política na zona Sul da capital. Naquela ocasião, apenas a organizadora do evento foi conduzida para prestar esclarecimentos sobre a situação e foi liberada posteriormente. CidadeVerde