Piauí é o estado com maior desigualdade do país, aponta IBGE

IBGE greve

O Índice Gini do Piauí, que mede a distribuição da renda, passou de 0,546 em 2012 para 0,566 em 2013. O resultado rompeu uma sequência de melhora no índice que vinha desde o 2008 e mantém o estado com o maior nível de desigualdade na distribuição de rendimento do trabalho do Brasil. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na manhã desta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Índice Gini é uma medida do grau de concentração de uma distribuição, cujo valor varia de zero (a perfeita igualdade) até um (a desigualdade máxima).

Ainda segundo a Pnad, o Piauí tem o segundo menor rendimento médio mensal de todos os trabalhos (R$ 1.037,00), perdendo apenas para o Ceará, que alcançou  R$ 1.019,00 e bem abaixo da média nacional que alcançou R$ 1.681,00. Os homens e mulheres do Piauí tiveram rendimento de R$ 1.107,00 e R$ 922,00, respectivamente, sendo essas médias as segundas piores do país, perdendo novamente para o Ceará.

Mulheres e homens
O Índice de Gini também indicou que a distribuição de renda foi mais desigual entre os homens (0,572) do que entre as mulheres (0,549). Sendo que o resultado masculino representa o maior nível de concentração da renda entre homens ocupados do país.

Principais resultados do Piauí
No Piauí, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013 mostrou que os serviços básicos como abastecimento de água tratada e coleta de lixo continuam abaixo dos 70% quando a média nacional já ultrapassou os 85%; São Paulo já ultrapassou os 96% e mesmo no Nordeste, o Rio Grande do Norte já chegou aos 87,9% de cobertura desses serviços.

A coleta de esgoto no estado, com apenas 1,8% de cobertura, fica cada vez mais distante da realidade nacional (59,0%) e até mesmo de Estados da Região Nordeste como a Paraíba e a Bahia que já ultrapassaram os 51%.

O Piauí continua com o segundo pior índice de fornecimento de energia elétrica (95,9% em 2012 e 97,3% em 2013) quando a média nacional já chegou aos 99,6% e os demais Estados do Nordeste beiram aos 100%.

Com relação a posse de bens duráveis, a máquina de lavar roupa, presente em 178 mil domicílios piauienses (19,1%) foi o destaque do resultado, sendo que no ano anterior estavam presente em apenas 13,7%.

Quanto as atividades, o setor dos serviços, inclusive a administração pública, ocupavam 34,9% da mão de obra piauiense, seguida pela agrícola, 33,6% e o comércio com 17,3%. Por outro lado, os 4,6% na atividade industrial é o menor percentual dentre os Estados e bem distantes dos 14,5% do Ceará, por exemplo.  G1-PI

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