Piauiense natural de Domingos Mourão é uma das 19 vítimas da chacina em São Paulo
O piauiense Tiago Teixeira de Sousa estava trabalhando no bar do irmão quando foi alvejado a tiros, durante a chacina registrada em Osasco (SP), na noite desta quinta-feira (13/08). No bar, localizado no bairro Jardim Munhoz Júnior, além do piauiense, mais outras sete pessoas foram mortas. O local foi justamente o primeiro alvo dos atiradores, por volta de 20h30.
Ao todo, 19 pessoas foram mortas. Até meio dia o número de 20 óbitos estava sendo divulgado pela imprensa nacional.
Natural da cidade de Domingos Mourão, Tiago Teixeira era filho do casal Antônia e Luiz, moradores da localidade Batalha. De 19 anos, ele morava com a esposa na cidade de Osasco. O rapaz havia passado pela cidade no Piauí há alguns meses, mas retornou para São Paulo.
As cidades de Osasco e Barueri viveram uma noite de terror. Em um intervalo de cerca de duas horas, a Polícia Militar registrou assassinatos em oito endereços diferentes em Osasco e outros dois na cidade de Barueri.
O primeiro e o mais grave ataque foi registrado às 20h49 em um bar da rua Antônio Benedito Ferreira, no bairro Jardim Munhoz Junior, em Osasco. Dez pessoas foram baleadas, e quatro morreram no local. Após serem levadas a hospitais da região, nenhuma das outras seis vítimas resistiu.
Na sequência, outros sete ataques na cidade resultaram em sete mortes e seis feridos. Os casos de Osasco foram registrados nos bairros de Jardim Dávila, Jardim Munhoz Júnior, Rochdale, Jardim Helena Maria e Vila Menk. Todos os bairros ficam na zona norte da cidade.
Em Barueri, duas pessoas morreram às 23h16 no Parque dos Camargos, após um ataque na rua Irene. Outra pessoa morreu às 22h16 na rua Carlos Lacerda, no bairro de Engenho Novo.
Uma semana antes dos ataques um policial militar foi morto a tiros na região.
Segundo informações da RedeTV!, o crime aconteceu no fim da manhã da sexta-feira (7), em Osasco, em um posto de combustíveis na avenida dos Autonomistas. Imagens de uma câmera de segurança do local mostram o momento que dois homens armados chegam ao local, se aproximam do cabo da PM Avenílson Pereira de Oliveira, 42, e depois efetuam os disparos.
De acordo com testemunhas, durante os ataques desta madrugada, os criminosos perguntavam pelo histórico criminal das vítimas. “Nós já vimos alguns vídeos de ontem [quinta]. As pessoas que promoveram essas chacinas perguntaram quem tinha passagem pela polícia e isso definia o assassinato. Isso já é um indicativo para as investigações”, disse o prefeito de Osasco, Jorge Lapas (PT). 180
