Polícia encontra tablet e celular escondidos na cela da vereadora Tatiana Medeiros, presa em Teresina

A PM destacou que as vistorias são realizadas diariamente nas salas destinadas a presos com prerrogativas legais, como advogados e autoridades. As celas são espaços improvisados dentro do QCG, utilizados por determinação judicial.
Procurado pela reportagem, o advogado Édson Araújo, que integra a equipe de defesa da vereadora, negou envolvimento no caso. “Eu não estou sabendo, eu não levei celular, mas não tenho conhecimento do caso”, afirmou. Ele também destacou que a vereadora tem cinco advogados habilitados e que atua especificamente na área eleitoral, não acompanhando diretamente os desdobramentos da parte criminal.
A Polícia Militar reafirmou seu compromisso com o cumprimento da legalidade e com a fiscalização nas dependências sob sua responsabilidade.
NOTA DA POLICIA MILITAR DO PIAUI
Durante vistoria de rotina realizada nesta terça-feira (20), policiais do Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí (QCG) localizaram um celular e um tablet na sala de Estado Maior onde encontra-se presa, por determinação judicial, a vereadora de Teresina Tatiana Medeiros.
A vistoria é realizada diariamente nas salas destinadas a presos com prerrogativas legais, como advogados e autoridades, conforme determinações judiciais. As celas utilizadas são improvisadas e adaptadas dentro do QCG para cumprimento das decisões.
Ao ser questionada, a vereadora confessou estar de posse dos equipamentos e informou que os mesmos teriam sido entregues por seu advogado. A Polícia Militar do Piauí reforça seu compromisso com o cumprimento da legalidade e a fiscalização permanente nas dependências sob sua responsabilidade, comunicando o fato às autoridades competentes para as providências cabíveis.
A prisão da vereadora
A parlamentar foi detida no último dia 3 de abril durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, da Polícia Federal. A ação ocorreu em um condomínio na Zona Leste de Teresina. Além da prisão preventiva, a vereadora também foi afastada do cargo na Câmara Municipal da capital por decisão da Justiça Eleitoral do Piauí.
De acordo com a Polícia Federal, há indícios de que a campanha eleitoral de Tatiana, em 2024, tenha sido financiada com recursos ilícitos supostamente ligados a uma facção criminosa com atuação no estado. Também foram apontados desvios de recursos públicos provenientes de uma organização não governamental.
“A investigação, iniciada após a divulgação dos resultados das Eleições 2024, identificou elementos que apontaram vínculo entre a candidata eleita ao cargo de vereadora na capital piauiense e expoente de facção criminosa violenta com grande atuação no estado”, informou a PF, em nota.