Polícia prende pais e avós de bebê desaparecido em Teresina; menino pode ter sido morto queimado em ritual

A Polícia Civil cumpriu quatro mandados de prisão temporária contra os pais e o avós de Wesley Carvalho Ferreira de 1 ano e 10 meses que está desaparecido desde dezembro. A suspeita é que a criança tenha sido queimada durante um ritual realizado pela própria família.

Os mandados foram cumpridos na noite desta segunda-feira (21) por policiais civis da Delegacia Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

Um boletim de ocorrência só foi realizado no dia 9 de fevereiro, por uma tia da criança, depois que a mãe informou que o menino havia sido sequestrado no dia 29 de dezembro de 2021. Após a denúncia, a polícia iniciou as investigações e já apurava indícios de homicídio com ocultação de cadáver.

O delegado Mateus Zanatta, coordenador das Delegacias Especializadas, que está acompanhando as investigações, informou que a morte do menino ocorreu depois que a família realizou jejum por duas semanas e que teria sido sacrificado. Depois das prisões, os suspeitos prestaram depoimento.

“Eles já foram interrogados e existem alguns fatos obscuros e controversos que precisam ainda ser esclarecidos. A Polícia Civil descarta já a hipótese de sequestro dessa criança e trabalha com outras linhas de investigação e uma delas é que a família da vítima ficou em jejum duas semanas, orando e depois sacrificou essa criança, colocando fogo no seu corpo”, explicou o delegado Mateus Zanatta.

As investigações continuam. Uma perícia será realizada no local onde a criança foi morta e sacrificada em busca de provas para o inquérito policial.

As prisões temporárias têm duração de 30 dias. Os pais e os avós paternos estão à disposição da Justiça. A denúncia foi feita pela família materna do bebê.

Denúncia de sequestro
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) investigava o desaparecimento do menino, que segundo a mãe teria sido sequestrado no Centro de Teresina em 29 de dezembro de 2021. A denúncia, no entanto, foi realizada somente no dia 9 de fevereiro.

Segundo a mulher, o casal não denunciou o crime com rapidez porque estavam sendo ameaçado pelos criminosos. A dona de casa também não compartilhou a história com familiares, pois estaria com medo da reação.            G1-PI

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *