Prefeito e secretários de Esperantina são indiciados por extorsão
O prefeito de Esperantina, Lourival Bezerra Freitas, o Secretário de Finanças, Cristóvão Nascimento e o Secretário de Saúde Francisco das Chagas Magalhães, foram afastados dos cargos, e indiciados por crime de concussão, extorsão praticada por agentes públicos e fraude em licitação.
Danúbio Dias (foto), responsável pela delegacia de combate a corrupção, afirmou que um empresário gravou em vídeo o momento da extorsão.
“O prefeito teria recebido cerca de R$10 mil para que duas empresas que trabalham no fornecimento de alimentos ganhassem nas licitações, além do valor que as empresas cobrariam, eles seriam prejudicadas em cerca de R$60mil. Ao final cerca de 15% do valor real da licitação iria para o prefeito e seus secretário”, explica o delegado.
Em depoimento o prefeito disse que o dinheiro que ele recebeu foi um pagamento de um empréstimo.
“O caso ocorreu no dia 11 de novembro de 2013, após recebemos essa denuncia investigamos e reunimos provas dos crimes cometidos pelos gestores”, ressalta Danúbio Dias.
O outro município com envolvimento de gestores públicos em extorsão é Amarante, em que o ex-secretário de finanças Gutemberg Isaac Soares Teixeira foi flagrado cobrando R$15 mil de um empresário identificado como Edilson Nogueira Parente, para que ele liberasse duas notas fiscais em atraso.
“As notas fiscais no valor de R$ 49 mil referentes a produtos de limpeza seriam liberadas após o pagamento de propina”, declara o delegado.
Após denunciar o secretário à polícia, a vítima usou uma câmera escondida e gravou o acusado lhe entregando o seguinte bilhete:
“Leia e não repita. O acordo é os R$ 15 mil e pronto. A minha parte eu cumpro, agora cumpra a sua. Nas mãos do meu pai e eu confirmo o outro pagamento”.
Em relação a esse caso, o delegado Danúbio Dias, disse que o crime pode ter a participação de outras pessoas, mas que não foram investigados porque a justiça não liberou os mandados de busca e apreensão solicitados.
Os inquéritos dos dois casos serão levados ao Ministério Público para que se decida sobre as provas.
A pena nesse tipo de crime pode chegar de 8 a 10 anos de detenção.
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